DÍSTICOS
Paulo Nunes Batista
e-mail: pnbpoeta@brturbo.com.br
A inspiração me puxa
Pelos cabelos do Luar
Mãos que afagam a dor da Ausência
Na rosa dos sentimentos
Um canto azul vai nascendo
Com penugem de pétala
Engoli a última estrela da Noite
E amanheci com o sol maior do mundo
Um sorriso abrindo a face
Das coisas, dos seres todos
Corações valseando, tontos
Na Geometria absurda
Aromas de magnólias
Embalsamando as Saudades
Mãos em flor voando espaços
Nos sonhos de Liberdade
Abraços de névoa e bruma
Nos claros desmaios da água
Um certo medo confuso
De ser deus – sendo-O de fato
Quando o filho volta à Mãe, se abrem
Flores de Luz nas ondas do Infinito
O ceguinho de nascença
Vendo Deus na Luz de Tudo
Carícias de água, escorrendo
Na pele fluida da alma
Algumas vírgulas, pontos,
Somente os de exclamação
Sombras soluçando valsas
Em bandolins, flautas, pianos
Anápolis-GO, - 4-11-2005
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