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Poesias-->São Tomé das Letras -- 19/11/2005 - 18:52 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
São Tomé das Letras

Parte I: História

A

Foi João Antão, escravo

Fugido, por ser amante

Da irmã de senhor bravo:

Chico Junqueira constante

Na Fé de Nosso Senhor...

B

Que se escondeu numa gruta

No alto da serra ocultada,

Vivendo de raízes, frutas,

De pesca e aves caçadas,

E saudades de seu amor...

C

Foi a João Antão então

Que se deu que apareceu,

A figura de um homem são

Em vestes brancas e deu

Um bilhete e dito ao pobre

D

Que o entregasse a seu senhor,

Que ao lê-lo este o perdoaria,

Com mais fé que medo ou dor

O escravo via ali a alforria

De si e de seu amor nobre...

E

O Capitão Chico Junqueira

Lendo o texto que sabia

Pelo negro sem verdadeira

Da escrita a sabedoria,

Quis conhecer a tal caverna



F

E voltou a gruta João

Com a tropa de soldados

E Chico, o bom capitão,

E assim foi revelado

O que até parece têtra...

G

Pois do lugar que surgira

A visão do homem são

Ali foi achado o que se admira,

A estátua em pedra sabão

De São Tomé, o das Letras...

H

O Capitão Chico Junqueira

Tomou posse desta imagem

E à casa grande e brejeira

Levou-a e com a criadagem

Fez orações num altar...

I/J/Y

Porém, já no dia seguinte,

Sem mistério explicável

A estátua, por conseguinte,

Ressurge em modo admirável

Na mesma gruta do lugar...

K

Creu se tratar dum milagre

O Capitão Chico Junqueira

E para que se consagre

A visão como verdadeira

Ergueu aí rústica capela...

L

Passado todo um qüindênio,

Com mui fé o Barão de Alfenas,

Constrói de pedra um proscênio,

A Igreja Matriz, bela e plena,

Em que ficou a estátua bela...

M

Dois séculos consumados

E há dez anos da era de aquário,

A estátua do venerado

Apóstolo do santuário

Foi roubada por maldade...

N

O milagre não pode, porém,

Mais ser pelo homem desfeito,

São Tomé das Letras, bem

Que foi dado p’lo Perfeito,

Esotérica cidade!



Parte II: Memória

O

Há aqui a energia telúrica,

O portal de Machu Picchu

À oculta caverna única

Do Carimbado, anti-exu,

A força vital da Eubiose,

P

Descem ÓVNIS na Pirâmide,

E as inscrições rupestres

No Shangri-lá da potâmide

Narram a vida intraterrestre...

Mistérios em overdose!

Q

Durante a noite escura,

Ecoa pela mata virgem,

De duende e elfo se murmura

A música da vertigem

Na azul Cachoeira da Lua...

R

Aqui as formações rochosas

Que se espalham pelo sítio

Lembram espectrais monstruosas

De estranhos seres, admite-o

O fiel e ao vulto recua...

S

Quem sabe se são ruínas

D’alguma antiga cidade

Civilização de sina

Já perdida nas idades,

Que os sinais se desconhece...

T

No banho do Véu de Noiva,

Na cachoeira do Paraíso,

Parece que com u’a goiva

E cinzel fez-se o preciso

Talhe das pedras na messe...

U/V/W

Um pôr-de-sol admirável

Dum mais vivo rosicler

Ao arrebol mais inefável,

No cimo do belvedere

Se avista a imensidão!

X

Por bancos de quartzito

Em infindáveis linhas

Traça-se um estranho rito

Que nossa era desalinha

E que nos foge à razão...

Z

Seja ante à Pedra Furada,

Seja ante à Pedra da Bruxa,

À do Lavarejo na levada,

À das Gêmeas na ducha,

Aqui renasce o coração!

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