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Erotico-->7. UMA SESSÃO BEM SUCEDIDA -- 14/11/2003 - 06:26 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Assim que Adonias acordou, percebeu que estava cercado de instrumentos cheios de mostradores com ponteiros, com escalas, com luzes a piscar, para os quais ele fornecia diversos pequenos cabos, que se lhe prendiam à cabeça, ao peito, aos braços e até aos pés.

Um olhar de Anésio fez que permanecesse em silêncio, a ouvir a mensagem telepática que lhe era transmitida pelo médico:

— Nós vamos proceder ao início da regressão através do que você foi capaz de recordar-se naturalmente. Eu vou fazendo-lhe perguntas e você irá respondendo. À medida que formos despertando as lembranças, você irá sentir uma ligeiríssima descarga elétrica no cérebro, uma espécie de vibração que poderá causar reações de audição, de visão, de qualquer outro sensor da realidade externa. Não se preocupe, porque as sensações serão agradáveis. Aliás, conforme as suas emoções aflorarem, você nem sentirá mais esses estímulos. O que você precisa entender é que o nosso sistema é misto, ou seja, algumas vezes sou eu que aciono o mecanismo elétrico, outras vezes é o programa que orienta o funcionamento da máquina. Você está deitado mas tem dentro do seu campo de visão esta tela onde poderá observar, se quiser, os reflexos dos quadros que lhe perpassarem pela memória. Este recurso é secundário. Serve para subsidiar as informações quando o seu vocabulário se restringir e você se tornar incapaz de narrar os fatos que estiver presenciando. Já diziam os chineses, se não me engano, que mais vale uma imagem que mil palavras. Por último, saiba que todos os instantes ficarão registrados, mas nem sempre teremos condições de reconstituí-los, dada a possibilidade de compactação da inteligência humana, o que os aparelhos ainda não conseguem captar com perfeição, mesmo porque, se tudo se desse em tempo real, por quantos séculos deveríamos ficar observando o desenrolar de sua existência?! Você não ouvirá a minha voz. Nem você deve exprimir-se a não ser através do pensamento. Se estivéssemos trabalhando com um encarnado, evidentemente, faríamos que descrevesse tudo quanto lhe fosse possível referir. No etéreo, nesta colônia, o nosso estágio de adiantamento científico nos permite sermos um pouco mais precisos. Aqui vai a primeira pergunta. Quem estava com você no momento em que você se desprendeu do corpo, na penúltima existência corpórea?

Adonias fez um esforço para lembrar-se, tendo viva na memória aquela hora, por força de tê-la recordado há tão pouco tempo. Então, quando ia responder pela negativa, sentiu um estremecimento íntimo, uma agitação estranha, um choque no cérebro, até que se viu num quarto de hospital, cercado por dois médicos e duas enfermeiras ao lado da cama. Olhou na direção dos pés e lá havia mais três pessoas que ele reconheceu de imediato: eram seus pais e um irmão. Os médicos não eram outros senão Anésio e Adão, e uma das enfermeiras era Alice. A outra não reconheceu mas se lembrou de seu rosto e foi essa fisionomia que lhe chamou a atenção para os episódios anteriores.

O paciente olhava para o monitor mas este permanecia sem denunciar nenhuma figura.

Anésio lhe transmitiu outra pergunta:

— De que foi que você morreu?

— De insuficiência cardíaca, aos sessenta e cinco anos de idade.

— Qual é a idade de seus pais? É possível avaliar?

— Eles não têm mais do que cinqüenta, o que me indica que estou abrindo meu campo de visão para os dois planos da realidade. Isso é possível?

— Abstenha-se de perguntar. Seus pais aí representados são os mesmos da última encarnação?

— São outros.

— Como é que você pode saber?

— Eles têm uma contextura fluídica que me transmite vibrações muito diferentes daquelas que recebi de meus pais mais recentes.

— Isso lhe causa algum tipo de mal-estar?

— Acho que não. Penso que se estivesse verdadeiramente diante deles, eu me comportaria de maneira mais sensível. Apesar de o quadro ser muito nítido e de me parecer estar vivenciando tudo agora, tenho clara a noção de que se trata tão-só de uma passagem que quedou no passado.

— Muito bem. E quanto aos três que se encontram presentes: Alice, Adão e eu?

— Eu sinto vocês como entidades de grande benemerência, porque me reconheço em débito mais antigo.

— Você nos considera presentes em espírito ou julga que estávamos encarnados?

Adonias se concentrou, mas não percebeu a realidade. Foi quando recebeu outro impulso elétrico que o fez recordar-se do mesmo quadro, sob outra perspectiva, restando nele apenas uma pessoa, qual seja, a enfermeira desconhecida, o que o levou a inferir que as três pessoas citadas não se encontravam vivas.

— Agora você já sabe que lhe dávamos assistência a partir do plano espiritual. Avance a sua lembrança para depois do decesso. Que acontece agora?

— Vejo-me nos braços de minha mãe a me debater, desejoso de me afastar da vista dos presentes.

— Há mais alguém nesse ambiente?

Adonias hesitou em buscar ao derredor, mas se viu arrebatado dos braços da mãe por uma entidade malfazeja, com quem se pôs a lutar, gritando impropérios. Jogou para longe uma seringa que Adão buscava utilizar em seu braço e saiu gritando pela escuridão, ansiando por encontrar-se com a personagem misteriosa que o atacara, que parecia atraí-lo para o sofrimento, incitando-lhe o desejo de vingança.

Anésio voltou a interrogá-lo:

— Você mergulhou numa fase muito ruim de seu passado, mas os nossos instrumentos não estão registrando nenhuma reação ameaçadora para sua estabilidade psíquica. Quer caminhar na direção do presente ou prefere volver mais para trás, elucidando como é que foi sua vida anterior?

— Eu acho que gostaria de recapitular os sucessos anteriores, pois acredito que, com um pouco de esforço, vou despertar sozinho para os acontecimentos que medeiam aquela imersão no Umbral até o momento em que fui acolhido no ventre de Dona Genoveva.

— Estamos indo muito bem. Concentre-se, pois, naquela visão corrida de seu passado às avessas. Vamos ver se conseguimos voltar à sua infância. De que é que você mais gostava de brincar?

Adonias ia dizer que era de “pegador”, mas logo percebeu que se encontrava numa roda de crianças maltrapilhas, mão estendida à comiseração dos passantes.

— Recordo-me nitidamente de que essa visão me era muito dolorida e que busquei recalcá-la no fundo da consciência. Existe algum jeito de acelerar o processo?

— A velocidade depende só de você. Você está pedindo esmola. Passe para um quadro de menor sofrimento.

Adonias verificou que crescera e que se encontrava aos cinco anos de idade. Uma senhora se aproximou dele e o agarrou pelo braço, como a desgrudá-lo do corpo inerte da mãe. Foi como que uma revelação completa. Imediatamente, foi capaz de se situar no tempo e no espaço. Viu-se no ano de l862, em Paris. Daí por diante, sua vida desfilou integral e ele pôde contar que estivera internado num orfanato e que foi adotado por uma família abonada, filho substituto de um rapazelho que morrera e que deixara a família desolada. Viu-se cercado de carinho e estimulado a corresponder aos anseios de progresso no campo da educação. Percebeu que os pais que vira ao final de seus dias eram justamente aqueles que o haviam acolhido e não os naturais, de quem não guardara lembrança.

— Anésio, por favor, terei como recordar-me dos meus pais verdadeiros?

— Sem dúvida, mas apenas quando tivermos superado esta fase de rememoração, em função dos arquivos que você manteve vivos. Imagine que você estivesse no mundo e que sua memória fosse seletiva, ou seja, só lhe fornecesse ao consciente uma parte do que lá se registra. Não é assim que ocorre ao comum dos mortais? Não é verdade que a gente não se lembra de tudo e que, o mais das vezes, temos vagas lembranças de fatos passados há dez, vinte e mais décadas? Vamos estipular algo de importância no contexto de sua formação espiritual, para definirmos as causas que produziram os fatos que o condenaram ao ostracismo.

— Antes, gostaria de referir-me ao meu mais acendrado orgulho por me formar em Direito e por me tornar magistrado. Também devo dizer que a minha família era espírita e que me deu várias obras de Kardec para ler, o que explica o fato de eu me recordar do texto de “O Livro dos Espíritos” em francês. Também preciso assinalar que não acreditei em nada daquilo e que defendi idéias materialistas, julgando que a vida terminava no túmulo. Veja, caro amigo, que estou apto à análise e à crítica, mas não me magôo com o fato de ter perdido aquela magistral oportunidade de progresso espiritual. Antes, até agradeço os mal-entendidos que me propiciaram a oportunidade de me ver perseguido por inimigos nas profundezas do Umbral, inimigos que criei por força de havê-los condenado a sentenças terríveis, ainda mais severas do que mereciam, vários deles à perda da vida, sem compaixão, crente de que era um fiel cultor do Direito. Sem perspectivas religiosas, embora freqüentasse algumas sessões de incorporação para, de certa forma, retribuir aos cuidados de que fui alvo por parte de meus queridos pais, no mais deixava o lar para gozar do que julgava de meu direito como pessoa abonada. Também me vejo acompanhando a cara consorte...

Nesse ponto, um forte refluxo de dor fez que Adonias interrompesse a descrição para rogar, aflito, pelo perdão daquela mulher que reconheceu ter feito sofrer até a morte.

Anésio avaliou as oscilações dos marcadores e fez questão de dar prosseguimento ao estudo daquela vida, unicamente injetando um calmante de pouco alcance, mantendo a condição de consciência do paciente. Mas foi incisivo quanto à observação que solicitou de Adonias:

— Busque, rapidamente, dentro do painel de suas recordações do Umbral, se você pediu e recebeu o perdão dessa criatura.

Foi como um refrigério para aquele momento pungente. Imediatamente, Adonias se viu perante Alice, requerendo-lhe a devolução de sua afeição, prometendo-lhe nova experiência carnal de respeito e estima e recebendo um imenso influxo de carinhosa vibração de compreensão e amor.

Naquele exato instante, Alice se aproximou de Adonias e afagou-lhe os cabelos que haviam crescido e que lhe davam até uma aparência mais juvenil. Ambos apenas sorriram e se entenderam, podendo Adonias retornar ao processo de rememoração do passado.

Mas o enleio sentimental foi interrompido pelo comando de Anésio:

— Adonias, existe algo que você desejasse especialmente recordar.; alguma fugidia lembrança, algum mistério que lhe pareça importante?

— Gostaria de prosseguir um pouco mais atrás, para caraterizar em que pontos eu fui pior nas encarnações anteriores.

— Muito bem. Vamos até o período anterior entre as vidas. Que você vê no fundo das trevas?

— Você fala em trevas porque a situação anterior o obriga a pensar assim ou porque está lendo em meu cérebro?

— Ambas as coisas. Mas fique sereno pois, quanto mais antiga a regressão, menos transtornos causa para o momento de equilíbrio presente. Então?

Adonias estremeceu com a escuridão em que imergiu e com os quadros que se sucederam rapidamente. No entanto, foi capaz de transmitir as imagens para a tela, de sorte que foi mais um espectador do que um agente das visões projetadas. Ali se desenrolaram batalhas campais de pessoas armadas que sofriam os embates dos balázios contra seus corpos, caíam como mortas e se levantavam em frangalhos de carne sangrenta para volver à carnificina.

— Adonias, vamos à vida anterior.

A ordem se cumpriu quase imediatamente. Foi fácil para ele entender que havia sido militar da ativa, comandante na frente de batalha.

— Você morreu na guerra?

— Não. Eu ainda, apesar de mutilado, exerci importante missão diplomática, após ter sido atuante político e congressista, na Inglaterra.

— A que você atribui as angústias posteriores ao desenlace?

— À crueldade com que mandava os soldados à morte. Como se viu na animação, eu fui perseguido pelos próprios comandados, mais do que pelos inimigos.

— Quer ir adiante ou prefere elucidar os clarões de memória que lhe estimulam a curiosidade?

— Mais uma vida e depois eu o atenderei.

— Concentre-se de novo nas trevas.

Imediatamente, Adonias se viu entre uma gentalha miserável, imunda, pestilenta, nauseabunda. O que dava um contraste evidente era o fato de que as roupas que vestiam eram de bom corte, como de gente rica e nobre. As imagens projetadas eram mais nítidas quanto às fisionomias, mas não causavam nenhuma sensação agradável, como se todas as pessoas estivessem a se acusar e a se defender, jogando a culpa uns nos outros.

— Qual é a culpa em questão, Adonias?

— Acho que fomos todos solidários nesta fantástica queda. Mas estou vislumbrando a encarnação que provocou tantos transtornos e na qual me vejo como rico comerciante, dono de extensas propriedades e de grande quantidade de servos, vamos dizer assim, sem vínculo empregatício, ou seja, escravos, verdadeiramente.

De repente, Adonias se viu ajoelhado sobre um corpo que se debatia, com um punhal encravado na garganta. Era a recordação que o intrigara e que fora sugerida por Adão. Quando tentou reconhecer a vítima, a imagem se desvaneceu, como se houvesse interferência no processo de regressão da parte de alguém que estivesse manejando os aparelhos.

Adonias ameaçou reclamar, mas Anésio deu-lhe mais uma oportunidade, a última, para relembrar de alguma situação que lhe causara interesse.

O paciente logo se sentiu induzido a regressar à Idade Média, na qualidade de copista. Na tela, as imagens passavam numa velocidade impossível de ser fixada pela visão comum, até que se viu ele redigindo o texto de São Jerônimo que lhe despertara a suspeita de que teria sido a pessoa que efetuara a transcrição. Era um texto em latim. Aí apertou-lhe a vontade de decifrar o mistério de um interregno de paz. Que maldade poderia conter o coração de um monge dedicado a uma tarefa monástica em recolhimento?...

Não chegou a concluir o pensamento indagador. Logo lhe surgiram na lembrança as ações da mais profunda descompostura intelectual de quem deveria preservar a tradição. Adonias se viu adulterando certos textos sagrados, dando-lhes feição própria, interpretando-os à luz de seus interesses religiosos. E recebia os elogios de seus superiores. E se via guindado a funções de maior responsabilidade. E dava conselhos aos subalternos para procederem segundo sua malfadada diretriz. Evoluiu para após a sepultura e se viu na chefia de um grupo de elementos anárquicos que só se congregavam sob suas ordens porque era ele quem imaginava as piores atividades de obsessão e de possessão. Passou-lhe pela mente o desejo de colocar chifres e rabo na personagem, mas o máximo que conseguiu foi apagar o monitor e devolver-se ao momento presente, em lágrimas, profundamente agradecido a Deus e aos amigos por ter evoluído de maneira tão inteligente nestes últimos mil e tantos anos de existência. Sobravam-lhe inúmeras questões que começavam a despontar mas que Anésio fez que se interrompessem, com energia que pareceu ao sacerdote até despropositada:

— Meu irmão, contenha os ímpetos de querer tudo dominar de um jato. Seja cordato para com esta equipe que se exauriu para dar-lhe sustentação fluídica e atenda ao que lhe vou determinar em seguida. Você terá abertos os canais de percepção perispiritual da realidade, meios que você estranhará sobremodo quanto a enxergar além da capa externa de contenção do interesse alheio, para que não haja mal-entendidos de interpretação quanto às verdadeiras personalidades em contato conosco. Contudo, esse processo não se efetuará de uma hora para outra, mas paulatinamente, à medida que você for incorporando ao acervo mental as principais virtudes que lhe estão despontando. Fique à vontade para perguntar o que quiser aos amigos presentes, mas, antes, vai ser preciso que realize um trabalho preliminar de introspecção, para ver que atinja o fulcro dos conhecimentos por mérito próprio. Isso evitará uma série imensa de diálogos e lhe dará um estímulo suplementar quanto a ir desenvolvendo métodos próprios de investigação, nos quais irá apoiar-se daqui para a frente, caso deseje com ardor, com veemência, suplantar as deficiências de caráter que esse conjunto de realizações carnais evidenciou. Por exemplo, como é que você explicaria o fato de haver merecido esta clara intervenção de espíritos mais iluminados pela verdade, tanto que, desde o último decesso, você ainda não visitou os horrores das catástrofes da consciência, onde se situa o verdadeiro inferno e o pandemônio das lutas e sofrimentos? Mas não responda agora. Haverá de ser preciso que medite profundamente nesta descoberta que lhe proponho como prioritária, dada a minha própria experiência justamente nesta fase do enredo em que os seres passam de um estágio a outro de forma definida e evidente. Agora, para que possamos desligá-lo dos aparelhos, vamos adormecê-lo de novo, mas não sem antes adverti-lo de que você já é dono de seu passado, integralmente. Parabéns. Quer orar em agradecimento ao Pai?

Adonias já tinha a percepção de que era a atitude de submissão à autoridade científica demonstrada por Anésio e equipe que o punha em estado letárgico, mas não se importou em sentir de novo aquele odor adocicado com que desfalecera anteriormente. Desta feita, porém, foi capaz de se manter lúcido o suficiente para contemplar todo o desenvolvimento dos trabalhos de refazimento de suas condições normais. Sentiu como que um prazer enorme em se perceber mais habilitado a dominar o próprio organismo, porque sabia que estava em uma fase do sonambulismo natural, como se recordava de ter lido em Kardec.

Quando recebeu ordem para despertar, abriu os olhos, percebendo que todas as entidades presentes emitiam suave luminosidade, provinda de um fulcro interno, como uma aura a envolver a figura antiga, dando-lhe uma condição de transparência mais afinada com seu velho conceito de anjo da guarda.

Foi de Anésio a iniciativa das congratulações, verdadeira festa que se prolongaria por um tempo indefinido, até que Alice o convidou para recolher-se e iniciar o exame de si mesmo.
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