Usina de Letras
Usina de Letras
63 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62314 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22541)

Discursos (3239)

Ensaios - (10400)

Erótico (13576)

Frases (50700)

Humor (20050)

Infantil (5472)

Infanto Juvenil (4792)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140835)

Redação (3311)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->UMA HOMENAGEM A MACIEL DE OLIVEIRA -- 12/11/2005 - 19:19 (Moacir Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA HOMENAGEM A MACIEL DE OLIVEIRA

Moacir Rodrigues



Maciel de Oliveira, foi um poeta que viveu e faleceu na Cidade de Belo Horizonte e que progrediu muito na arte de construir poemas. Conheci a viúva de Maciel de Oliveira no Bairro Santo Antônio, na Capital mineira, quando falou-me sobre seu inesquecível marido e me ofertou o livro por ele escrito intitulado LUZ EFÊMERA e outros sonetos, que chegou a ser elogiado pelo Professor Silveira BUENO, em artigo publicado no Jornal”A GAZETA”- São Paulo, 28.12.56. Uma história interessante que fiquei sabendo por ela foi a seguinte: Todos os anos MACIEL DE OLIVEIRA, costumava visitar a Cidade de São Lourenço, no Sul de Minas, no mês de setembro e as praias do Espírito Santo, no fim do ano e, segundo ela, amava as manifestações do mar. No entanto, quando se sentiu fragilizado pela doença que o levou a morte, percebeu que talvez não fosse mais aos dois lugares que tanto gostava. Foi quando escreveu para a esposa o poema SÃO LOURENÇO, EM SETEMBRO, NO INÍCIO DA PRIMAVERA, que é uma verdadeira obra de arte. Vejamos:



"Se eu não for a São Lourenço,

Em setembro, no início da primavera…

Vá você, meu amor,

Eu lhe ensinarei a linguagem das flores,

dos Pássaros, dos Peixes, dos Astros!



Espere pelo gavião azul às sete horas,

debaixo do bambual do Parque e converse com ele,

ouvindo-lhe as aventuras durante esse longo tempo

em que estive longe!

Fale às rosas e aos Cravos, às Azaléias e às Boninas

E lhes perceberá a voz colorida

Num tom macio de pétalas.

Desça a escadaria do balneário

E no último degrau que se aproxima das águas,

Perscrute os Peixes sussurrando à minha espera.

Depois as ondas do lago irão rolando ao seu encontro,

Femininas e sorridentes.

Olhe para o céu à noite e ficará deslumbrada

Como o mundo infinito das Estrelas,

Seus caminhos siderais iluminados de ouro e prata!

Nunca terá visto firmamento tão alto

Nem astros assim tão belos!



De todos me traga uma lembrança:

Centelha estelar vinda da via-Láctea,

Pena de meu Gavião azul, pétalas de rosas,

Água do Riacho, cicio dos Peixes,

Um ramo de flores do meu Ipê-Amarelo,



Vá no cimo da montanha dos Sete Mistérios!

E peça-lhes desculpas de minha ausência,

Que eu sei vai deixar-lhes tristonhos,

Se eu não for a São Lourenço,

Em setembro, no início da Primavera…"



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui