Solidão vadia que vadia com a tristeza que surge dos tantos dias vazios!
Venha para eu senti-la, derradeiramente, nesta hora que insiste vadiando com os meus olhos que agonizam o último segundo!
Morra ou nasça para permitir que eu a conheça por inteiro, embora eu esteja consciente que ninguém se deixa mostrar com a limpidez dos dias ou das estrelas!
Venha mesmo que chegue e vá embora não me deixando nenhuma vadia hora para eu brincar de ser querido e amado!
Não venha, já que o tempo, outrora e agora, será o mesmo vadio momento que trancafia as minhas horas sem a presença daquela que anseia o meu coração!
Não venha para iludir-me com a sua forma silenciosa e presente, pois no momento que vadio entre tantos espaços desabitados, mas povoados pela lembrança e pela saudade, eu me confunda com o sonho esperado e me declare a você jurando amor eterno!
©Balsa Melo
25.10.05
Cabedelo-PB
Balsa
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