Desisto de criar sonhos neste amontoado de tempo que não brinca e sempre passa me roubando mais um dia de vida!
Declino-me a ti insólita solidão, pois é insocorrível meu coração nesta labuta incessante de salvar o amor tão agredido pelo abandono!
Vou seguir desjungindo de mim as lembranças que tilintam a cada passo que destino para sair da sua vida!
Afastarei-me de tudo e de todas as minudências que comandam a saudade para deixar
tranqüilo o peito neste momento que a dor fervilha explodindo o coração!
Sofrerei todo o martírio criado arrastando o meu corpo entre os espinhos das mesmas rosas que lhe dei, mas desisto de você!
©Balsa Melo
22.10.2005
Cabedelo - PB
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