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cronicas-->Etnia Alemã no Brasil -- 06/10/2003 - 10:45 (((((EU SOU DO SUL))))) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Logo após a Independência do Brasil (1822), os primeiros imigrantes alemães começaram a chegar em solo brasileiro.
Ao longo de mais de 100 anos entraram no Brasil mais de 250 mil imigrantes.
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ETNIA ALEMÃ NO BRASIL
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Os alemães foram protagonistas do primeiro fluxo imigratório mais sistemático que se dirigiu para o Brasil após a independência. Entre 1824 (ano da fundação da primeira colónia alemã no Rio Grande do Sul - São Leopoldo) e 1830 (quando essa imigração foi interrompida por causa da revolução Farroupilha) e, depois, entre 1845 e 1938, o Brasil recebeu imigrantes alemães todos os anos. A imigração alemã, porém, não é a mais significativa em termos numéricos, representando aproximadamente 1/6 do total de italianos. Entre 1850 e 1909 entraram mais ou menos quinze mil alemães em cada década; para o período anterior o número é quase insignificante (apenas 6.938 alemães foram assentados nas regiões de São Leopoldo, Rio Grande do Sul (RS); Rio Negro, Paraná (PR) e Mafra e São Pedro de Alcàntara, Santa Catarina (SC). O maior fluxo ocorreu no período que se seguiu à primeira guerra mundial: na década de 1920 aqui chegaram cerca de 75.000 alemães, quase 30% do total. Segundo as estatísticas disponíveis, o total de imigrantes não ultrapassou 250.000 pessoas - e destas, ignora-se quantos realmente permaneceram no Brasil (Carneiro 1950; Willems 1946; Diegues Jr 1964). Tomando como base as estatísticas de entrada no país, os alemães ocupam o quinto lugar, atrás dos italianos, portugueses, espanhóis e japoneses.

Apesar dessa realidade estatística, a imigração alemã foi a que mais suscitou discussões no àmbito da política imigratória (Seyferth 1988, 1991) e o ponto crucial da polêmica estava relacionado às dificuldades de assimilação. A notoriedade está menos nas estatísticas e mais na estreita vinculação da imigração alemã com o processo de colonização de terras devolutas, levado a cabo nos três estados do sul, especialmente a partir da promulgação da Lei de Terras de 1850. Houve assentamentos de alemães em outros estados, mas foram efêmeros, especialmente em Minas Gerais e na Bahia. No Espírito Santo, até hoje, os pomerànios são objeto de curiosidade por terem mantido algumas das suas tradições, apesar da imigração alemã para aquele estado ter durado apenas um curto período.4

Na década de 1920, muitos imigrantes preferiram ficar em cidades maiores, como São Paulo, Curitiba ou Porto Alegre; mas a maior parte deles se dirigiu para as chamadas "colónias alemãs", não necessariamente na condição de colonos. Entre os imigrantes havia grande contingente de camponeses e membros das classes trabalhadoras em geral, cuja motivação para emigrar estava relacionada à pobreza; mas também havia artífices especializados, refugiados políticos (não muito bem aceitos pelas autoridades brasileiras), ex-militares, pequenos empresários, intelectuais, etc. Segmentos estes que tiveram papel preponderante na formulação do Deutschtum (germanidade) - a expressão étnica da ideologia nacionalista alemã.

A notoriedade, portanto, deriva da concentração dos alemães em poucas regiões, em alguns casos formando colónias homogêneas que, no àmbito da formulação de um estado nacional brasileiro como projeto geopolítico da República, foram olhadas com suspeita de secessionismo. A crítica republicana à política de colonização do Império se fixava, sobretudo, no que chamaram de enquistamento, isolamento dos colonos alemães e sua concentração maior nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina - região onde ainda existiam problemas de fronteira no início do século XX, além de periódicas manifestações separatistas. Mas tanto o Império como a República privilegiaram a imigração européia e a colonização com imigrantes em detrimento dos chamados "trabalhadores nacionais", que a elite brasileira julgava inferiores. De qualquer modo, isolamento e enquistamento são termos relativos. As "colónias alemãs", cedo ou tarde, receberam imigrantes de outras etnias (poloneses, italianos, russos, etc.). Sua situação geográfica também não era tão propícia assim ao isolamento: uma vez abertas as vias de comunicação, este foi praticamente anulado. Algumas colónias, inclusive, estavam bem próximas às capitais provinciais (entre elas as paradigmáticas Blumenau e São Leopoldo) - que também receberam imigrantes desinteressados da condição de colonos. E, finalmente, o próprio grupo alemão tinha suas divisões internas, regionais (em alguns casos) e religiosas (a clivagem entre católicos e evangélico-luteranos foi bastante forte antes da era do ecumenismo).
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170 ANOS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ NO PARANÁ E SANTA CATARINA

1829 - 1999
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Em 1828, no dia 30 de junho, saiu do Porto de Bremen o navio veleiro Charlotte Louise, a caminho do Brasil, terra que se mostrava promissora diante de notícias enviadas para a Europa. O Governo da Prússia avisou os interessados na Imigração que seria penoso o ato, eis que era verdadeira aventura ir para um país longínquo. O conselho do Governo não foi ouvido pelos Imigrantes. O navio aportou no Rio de janeiro em 2 de outubro de 1828. Depois dos imigrantes alemães permanecerem no Rio de Janeiro e até mesmo em Santos, vieram para o Sul do Brasil em navio nacional, chegando em Antonina, Paraná, em 15 de janeiro de 1829. A história narra que os imigrantes permaneceram um tempo na localidade denominada Porto de Cima (Paraná) e no dia 6 de fevereiro estavam em Rio Negro, onde ficaram em verdadeiro estado de abandono. Assim, é 6 de fevereiro de 1829 a data da fixação da primeira colónia alemã no Paraná. Foi destinado aos primeiros colonos a região localizada cerca de 36 km da costa da atual capital, o núcleo da Província São Pedro de Alcàntara. Pode ser que entre o desembarque em Antonina, Paraná, e a chegada em Rio Negro, Paraná, os colonos tenham permanecido no referido núcleo.
No Brasil, o ano de 1848 foi decisivo para a colonização alemã em Santa Catarina. Ocorria em toda a Europa imigração incessante e intensa das populações alemãs para os países livres da América. A imigração em massa era nada mais nada menos que fruto dos desajustes sociais na Europa durante o Século XIX. Vivia na Prússia, no ano de 1843. o Cónsul geral do Imperial Governo Brasileiro. Seu nome era Johan Jacob Sturz. Este homem voltou para o Brasil depois de exercer as vezes de Cónsul na Prússia e passou a ter grande relacionamento social e político com as Autoridades, Ministros e principalmente com a família Imperial. Este homem foi o precursor do movimento abolicionista no Brasil. Foi um dos mais notáveis abolicionistas da época. Desta forma, o Governo Imperial Brasileiro nomeou Johan Jacob Sturz representante do Brasil no reino da Prússia para levar adiante movimento de substituição das forças braçais negras por brancos livres. Pode-se dizer que a imigração de alemães para o Brasil obteve amparo, também, neste aspecto sociológico.
No ano de 1850 era Presidente da Província Dr. João José Coutinho, o qual aprovou os projetos da Sociedade Colonizadora de Hamburgo. Como se disse, a colonização iniciou-se por São Francisco do Sul. A cidade onde chegaram os colonizadores foi por muitos anos nominada de Colónia D. Francisca (1851), em homenagem a Princesa Brasileira. A maior parte da imigração de alemães para a Colónia ocorreu entre os anos de 1851 até o ano de 1856, quando cessou por completo. Posteriormente, a Colónia D. Francisca passou a denominar-se Joinville, ou seja, nome de uma cidade francesa, onde situava-se o Castelo onde nascera François Ferdinand Philippe Louis Marie, o Príncipe de Joinville. Isto ocorreu porque o 3º Relatório da Sociedade Colonizadora, firmado por Benno Frankenberg denominou o lugarejo, ou seja, as terras recebidas pelo Príncipe como dote, definitivamente de Joinville.
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DATA OFICIAL DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA O BRASIL, SANTA CATARINA e PARANÁ
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Assente-se que, oficialmente, comemora-se o início da colonização alemã no Sul Brasil com a chegada da primeira remessa de alemães no ano 1829, aos quais foram destinadas terras no primeiro núcleo da Província, São Pedro de Alcàntara, há 36 km da costa. Todavia, considerando a dificuldade de adaptação dos imigrantes em relação a adaptação territorial, procuraram estabelecer se nas atuais cidades de Rio Negro (Paraná) e Mafra (Santa Catarina). Estes alemães vieram "Porque o Governo mandou vir os colonos sem ter organizado um plano determinado, sem preparar-lhes de antemão o estabelecimento ou trabalho, sem adotar e por em execução aquelas medidas por efeito das quais ficava garantido o bem estar futuro dos imigrados sem se aparelhar, enfim, para recebê-los, agindo, somente depois que aqui chegavam, impelido pelas circunstàncias.". Foi proibida, assim, a vinda de imigrantes alemães "...que durou duas dezenas de anos..." Assim, considerando a venda das terras dotais pelo Príncipe Francês, tem-se que vieram após o ano de 1848 diversas remessas de colonizadores alemães, eis que o contrato de venda celebrado com o Senador Alemão preceituava acerca da obrigatoriedade de condições para a recepção dos colonos. Foram vários os navios que aportaram no Brasil com imigrantes Alemães. Praticamente no último ano da imigração, precisamente em 1856, no dia 7 de agosto, aportou na Província a barca Machtilda Cornélia, com muitos imigrantes prussianos, entre eles, oito membros da Família Hey.
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