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cronicas-->USINA DE VAIDADES -- 04/10/2003 - 23:47 (carlos guilherme kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


USINA DE VAIDADES

Toda a usina o é. Pelo menos as de letras. Vai desnudar-se hipócrita aquela que negar sua vaidade. O oficio de escritor é em grande parte o oficio da vaidade, já dizia Camus.Dificilmente o escritor foge dela. Uns mais outros menos. Muitos começam nesta arte criticando outros autores. Ou finalizão-se. Viver nesta área sem adulações é quase impossível.Difícil é alicerçar com nossos tormentos interiores, nossas fraquezas, nossos instintos, uma obra, sabendo sua nudez sua fragilidade que a sustenta está escancaradamente nos expondo.Mas já nada mais tenho a esconder nem a perder. O que não me impede dar gargalhadas quando o autor compulsivamente procura a notoriedade a qualquer custo, esquecendo que ela é tão passageira como a vida, como também existe a adeguação. O grande escritor consegue estabelecer equilíbrio entre o que verdadeiramente É e o que escreve. Difícil empreendimento! O que escrevo dedica-se aos leitores da Usina, todos com grandes ambições - o que não é pecado - e com grandes vaidades, algumas suportáveis, outras nem tanto. É importante que saibam que sua notoriedade, sua "fama" com raríssimas exceções, terá seu sono eterno aqui mesmo. Ouvi falar de pessoas que se prendem ao Placar como se o mesmo, representasse o placar do jogo da vida.Só que é um jogo que quem entra perde. Só é possível vencer se declinarmos deste jogo. O leitor me permita dizer como entrei na Usina. Tinha escrito uma narrativa que ao meu ver,
e o bom censo concordava, que seu destino seria o lixo. Acontece que um colega do grupo de Programação Neuro Linguística da Yahoo leu o manuscrito. Alucinou que no mínimo estava engraçado.

Isto remeteu a várias solicitações que me eram impossíveis cumpri-las. Por coincidência meu irmão José Ernesto, que também pertence à Usina deu a resposta. A ela me apresentou, namoramos, nos encantamos, e depois abri a porta de mim mesmo,porta esta por tanto tempo resguardada. O que guardava, deixei sair como passarinhos presos. Coisas que escrevi no meu passado e no meu presente. Foi para mim grata surpresa olhar meu insignificante nome no monitor. Não só grata como massageando em muito minha vaidade. Confesso que foi, e é gostoso, ou melhor, um gozo.
E por mais que escreva não posso fugir daquilo que é meu destino. E acreditem, se estou incerto de fazer o que faço, estou certo que outra coisa não poderia fazer. E escrever ai não se inscreve. O que não impede de assumir que o escrever( vim a descobrir na Usina) é uma água que mata minha sede antiga de revelar o que sou, sem vender imagens. Se for o caso, dou. É mais fácil e menos cansativo. Sem vaidades vez que isto não carece da mesma. A vaidade é coisa que nos entranha,mas ela não é estranha a criatividade, beleza, honestidade, que li em cronicas, artigos e tudo o mais da Usina. Se no painel encarei encontros e desencontros também foi bom vez que é dentro da confusão que nos libertamos. E não tomem confusão pejorativamente e sim carinhosamente no pressuposto que cada um dá o melhor de si a cada momento. Inclusive o momento do escrever. Aqui não será o Placar o indicador de nossas qualificações, mais o amor em escrever. Um amigo recente afirmou que na Usina as palavras ficam presas, no que concordo plenamente com a observação sutil e profunda.
Prender palavras é obra difícil, já que é impossível prender o que se fala. Mas que fiquem presas com direito a frigobar, ar condicionado, boa cama, pois foram escritas com alguma intenção. E me nego a aceitar que esta intenção tenha má índole.

Carlos Guilherme Kappel
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