Suspirei um verso que o ar expeliu na súplica do desabafo!
Contei minuto a minuto e o meu tempo não passou!
Ouvi as horas vencidas reclamando à minha insônia do tamanho incômodo que eu causava à sua rotina indefinida de
sempre passar no mesmo lugar e jamais se repetir por ser sempre outra hora de desilusão!
Forcei os olhos para não embebedar as mãos que sorviam de cansaço esfregando-se uma na outra negando a dura
realidade - sofrer de solidão!
Talvez não exista mal maior, mas remédio, ainda, não encontrei para aliviar os olhos, as mãos, a boca e o coração que tanto esfrega a caneta no papel produzindo respingos de amor!
Respirei um verso cheio de você!
 .;
 .;
©Balsa Melo
04.10.05
Cabedelo - PB
 .;
 .;
|