Olha, espreita, o sonho
a fugir...
na idade do pecado medonho
pela velhice que se insinua
aberta como uma rua...
ele foge,
tu mandaste-o embora,
há quem ria desta hora,
e teça alegrias
feitiçaria...
mas a César o que é de César,
e o sonho que me foge agora,
virá abraçar-me um dia,
pedindo-me para nele deitar-me
como se eu fosse a sua magia.
Quem diria, quem diria,
dirá a voz da demagogia!
Elvira:) |