Olhei-me dentro dos olhos,
e encontrei você , em mim.
O paradigma que me prende.
Na insustentável arritmia
que enlouquece o desejo.
a presença que não se faz ver.
A sutileza que faz o padecer.
Aquele amor que alimenta
Sem matar a fome,
E na verdade só consome,
o juízo em noites insones.
Quando me deparo contigo
Nos reflexos de um espelho,
Que insiste na sua presença
Mesmo quando a sua ausência
Clama em evidência,
Do leito frio.;
De uma madrugada nua.
Sem lua, fazendo-me existir
Mesmo sem a mínima vontade,
de o assim fazer.
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