FENIX II
Nem bem o céu, nem bem o mar.;
tanta distância em terra para contar,
não sendo criatura do vento
não sendo criatura do tempo
não sendo criatura do ar,
somos criatura de fogo alada
nascida em enseada enluarada.;
que nem sempre sonha, mas sempre adormece,
que por vezes demora, porém jamais esquece,
que tantas vezes chora e por isso estremece,
cujo coração, em chamas, eternamente permanece.
Que por sermos tantos grãos de areia,
temos certeza do avanço das ondas poder impedir,
queremos retardar pela eternidade esse entardecer,
nos iludimos em poder lutar e resistir,
mas nos resta a lágrima e um novo amanhecer,
nos cabendo somente ver o veleiro partir.
Tendo tantos caprichos esse mar,
arrancou da enseada nosso barco guia,
nos deixando ao sabor de ondas e ventania.
nos deixando nessa praia em noite de luar
Mas o horizonte ao amanhecer anuncia,
quão infinito é nosso caminho, temos que mudar.
Somos fenix renascida das cinzas, um dia vamos voar.;
mas para aquele que agora tem que navegar,
desejamos ter sorte, ser feliz e ter um breve retornar.
XANTRA LENHAJ
04.08.2005
Dedicado a: Cleyton Veiga Costa
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