Tal qual ave solta na mata
é o coração do poeta,
que percorre seus devaneios,
bebe a água da ilusão,
sorve a luz do sol da imaginação
e morre,
de morte morrida,
com balas da arma solidão...
triste fim em si mesmo!
É um rodar e rodear constante
por caminhos inescrutáveis
é um pensar insensante
de um coração apaixonado,
que chora,
que sorri,
que vive:
um fim em si mesmo....
Quero sentir o delicioso prazer de viver
um mundo sobrenatural
dentro de mim...
a construção de um amor
que me mostre a aversão de ser
um fim em mim mesma....
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