Roberto e Erasmo Carlos fizeram tremendo sucesso com "Festa de Arromba", cuja letra homenageava os participantes do movimento, do programa Jovem Guarda. E eu preparo a minha "Festa de @".
A paródia ainda está em fase de produção, ou melhor, esteve. Este é apenas um anúncio, um balão de ensaio, como se diz no meio.
Com o anúncio de mudanças drásticas, o site vive dias delicados, de intenso tititi, especialmente no seu reduto mais "chat", digamos assim, o quadro de avisos .
É uma vertigem. Eu mesmo tenho buscado ali inspiração para a minha conduta atual, ébrio que estou das novidades. O quadro já me rendeu até um miniconto. Gracias! Incrível como as pessoas se soltam. Alguém até reclamava que abríssemos o coração, querendo ser notado, malhado quiçá. Era a voz de um segregado. Quanto a mim, não tenho de que me queixar. Nem de quem me queixar. Apenas fico de queixo caído a cada menção do meu nome. Não fosse a minha idade e experiência...
Essa efervescência, tão propícia aos que nasceram com o dom da polêmica, vem rendendo, ali e alhures, frases originalíssimas. Afinal, os provérbios, ditados e frases-feitas têm essa particularidade. Eles se renovam a cada uso, como acontece com o assim chamado "hímen complacente".
É assim que as pessoas lançam mão desses ditos, alguns jocosos, para lançar verdades nesse ar empestado do usina, de preferência na cara mesma de seus desafetos.
Ainda não quero citar nomes (e nem é bem o meu feitio), mas o leitor facilmente localizará, nesta secção de cartas , uma "Jenny é um gênio" dessa modalidade matreira. É das que ficam sempre com a última palavra (se bem que assustadiça). Não perde ocasião. Não faz por menos. Pega carona em qualquer dessas inflamações purulentas que acometem alguns redutos usineiros. Parece tirar proveito. Como Mãe Coragem, se a guerra terminasse, ela exclamaria: "Não me digam que estourou a paz!" Não, não insistam. Eu não vou citar nomes. Ainda não.
Por tudo isso, fui obrigado a deter o passo, a esperar que as coisas se recoloquem nos seus devidos (ou, na maior parte dos casos, indevidos) lugares, para dar continuidade ao projeto dessa paródia há tanto tempo acalentado. Também devo proceder com prudência e tato na hora de escolher os convidados. Afinal, será a primeira festa dessa natureza. A primeira já promovida num site literário em extinção. Vivemos tempos pioneiros, essa é a verdade!
Outrossim, e modéstia à parte, o título é tão bom que nem precisaria de texto (cito Glauco Mattoso). Vindo ou não vindo essa paródia, a gente nunca sabe, o título já terá cumprido a sua, talvez, melhor parte.
Mas fiquem atentos. Ela pode pintar a qualquer momento. Quem sabe amanhã? Afinal, já não nos resta mais tanto tempo assim. O tempo não pára.
[Eu sei. É claro que essa última frase não é minha. Como nenhuma das outras anteriores, aliás.] |
