Pediste-me para ouvir a tua sonata,
sem sequer saber da minha alma...
com o teu ar de diplomata,
e o teu olhar doce de calma...
experiência a multiplicar
o irado destino...
sou aquela que quer amar
a arte no som cristalino,
porém, a vida ainda tece
espinhos e pedras no caminho
que de mim se aborrece,
para se erguer no dia seguinte,
tal orvalho na lágrima do pedinte...
São loucuras a gretar o infinito
que me seduzem em rendilhado desdito!
Quero ouvir e soltar o meu grito...
e depois,deitar-me a dormir
entre a música que me faz sorrir!
Elvira:)
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