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Poesias-->Abandono -- 16/06/2005 - 19:03 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Já não posso querer mais do que tive
Foi o bastante
Também não espero que me efetives
Sonho distante
Sigo os meus dias que se repetem
Todos iguais
Bons e maus momentos se competem
Como rivais
Não posso ir além do teu desejo
De permanecer em teu abrigo
Em tua blindagem consentida
Deixando-me exposto ao pejo
Que me impõe esse castigo
De não ter outra saída
Senão o esquecimento
A renúncia e o desapreço
Por caminhos surdos paralelos
Sem esperança, sem alento
Sem as palavras, sem os elos
Sem o final e sem o começo
Que mais posso querer do novo dia
Pode não vir
Nada mais espero de outras vias
Devo partir
Sigo os meus passos que se repetem
Todos iguais
Ouço outros passos que me remetem
Pontos finais
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