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Poesias-->7 POEMAS PARA A REVISTA "CADERNOS DE TERESINA" -- 15/06/2005 - 23:17 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
REVISTA ‘CADERNOS DE TERESINA’

Poemas



TERNURA MIÚDA



Francisco Miguel de Moura*





Pelas coisas serenas me contenho

se ternamente nasçam da vontade,

do amor e do carinho, da bondade

daquilo que mais prezo e pouco tenho.



Venham sutis carícias pelo vento,

beijos da natureza em nossa pele,

fazendo estremecer o que a impele

bem voar pelo espaço em movimento.



Quero os pequenos vidros. Mais perfume

têm – que a filosofia não resume,

pois lhe faltam ternura e tentação.



Nas invisíveis coisas me retiro,

nelas canto e me encanto e mais suspiro...

Todo o meu corpo é todo o coração.









_______________________

*Francisco Miguel de Moura é poeta e escrito brasileiro, mora em Teresina (porque quer).Seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br













DA VIDA E DA MORTE



Francisco Miguel de Moura*



Há quem busque esta vida noutra vida,

e são felizes recriação da morte.

E quem encontre a vida na antemorte,

e são felizes plenamente em vida.



Por que preocupar-se com a tal morte,

se ela vem no seu tempo como a vida,

ou depois. E se o ente está sem vida,

logo o engana e faz dele vida e morte?



Há quem, afadigado pela vida,

transforme a vida-vida em vida-morte

e passe uma existência sem ter vida.



E os que vivem a dissecar a morte

pra saber se depois da vida há vida,

ou se depois da morte tudo é morte.



____________________

*Francisco Miguel de Moura é escritor, mora em Teresina.































MINUTO ETERNO



Francisco Miguel Moura*





Deitada é bela. E se levanta e sente!

Sinal de cio... Fecha os olhos, pensa...

Como, então, me darei a recompensa

de mais de perto vê-la inda mais nua?



Pular deste meu prédio no da frente,

surpreendê-la na sua displicência?

Perder todo meu medo e paciência

como um anjo sem paz que inda flutua?



Quantos ciúmes dela, assim, de longe,

por não tê-la sequer um só segundo,

e aqui morrer na posição de monge!



Fosse minha, um minuto, de contente

seria o homem mais feliz do mundo,

dispensaria os céus, eternamente.







____________________________

* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina (porque quer). Seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br























MINHA PÁTRIA ESPERANÇA

(Homenagem a Lêdo Ivo)





Francisco Miguel de Moura*





Sou órfão,

não tenho pátria aqui nem no distante,

perdi-a ao nascer.



O ventre de minha mãe

foi minha pátria.

O ventre de meu amor

foi minha pátria.

O ventre de minha esperança

espera por mim.



Não tenho pátria

e não tenho língua.

A morte não fala,

a morte não tem língua,

a vida é só esperança de não morrer.



Na morte perde-se a esperança

de língua, de pátria, de amor.



_______________________

*Francisco Miguel de Moura, poeta e escritor brasileiro, mora em Teresina (porque quer), seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

















PAISAGEM POR DENTRO



Francisco Miguel de Moura*



Abro os braços

para a paisagem

descortinada janela a fora,

aos olhos que se arregalam.



E o coração:

- a vida é bela bebida aos poucos.



O verde enverdece o sol,

o amarelo traz fruta – esperança,

a saudade em chuva e orvalho

cai (dos tempos de criança).

Bate-me por dentro, nas laterais:

- as narinas sentem

e os ouvidos ouvem

o vento

e seus mistérios e eflúvios,

arrepiando a pele como tentáculos.



A alma que voava

me pousou

na beira do sonho.



_________________________

*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina (porque quer).Seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

















A ÚLTIMA VIAGEM



Francisco Miguel de Moura*





Quando eu me for embora

não voltarei à terra.



Não deixarei saudades.

Os amores todos morrem

quando a gente se enterra.



Não vou errar o caminho

que dá no grande infinito.

Se alguém quiser seguir-me

basta um sussurro

em vez de grito.



Talvez o último, talvez,

pois lá o silêncio é voz

e a natureza é o nada.

E Deus estará em nós

a derradeira vez.



____________________________

* Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro, mora em Teresina (porque gosta), e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br































QUANDO (poema sem adjetivos)



Francisco Miguel de Moura*







Amar é quando eu digo:

- “Amo!”

sem saber a quem?



Ou quando abraço e beijo

e tomo o seu sobejo?



Todos perseguimos

a pureza do amor...

e ele nos resiste.



O amor consiste

nessa ilusão do uno

que partiu-se.



Os adjetivos atrapalham

a vida e o amor.



O amor se despetala

é quando eu digo:

- “Amei!...”



___________________________

*Francisco Miguel de Moura, escritor, poeta brasileiro, mora em Teresina (porque quer). E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br



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