Preciso quem acuda,
a soltar-me das amarras
deste amor desvairado...
Venha firme e sacuda
este sonho que veio em cavalo alado
trazendo em si arraigado,
misto de euforia e dor
Que me acorde desta felicidade
que traz um rosto bonito,
levando-me sorrateiro
de encontro ao infinito
e, deixando na verdade,
a escutar meu próprio grito,
que é só saudade...
Quero fugir desta opressão
não me sentir perdida,
encontrar meu próprio rumo
sem este medo que me assombra...
deixar de ser uma face escondida
quase uma sombra
que perde o prumo
longe daquele coração.
Invada-me, alma bendita!
Preciso quem me acuda
e faça-me encontrar a paz perdida,
mate em mim essa paixão
leve o medo por inteiro
carregue de vez a desdita
de ter a alma muda,
mergulhada em solidão.;
Venha em meu socorro,
é este meu único pedido...
afasta esse bem querer,
não quero ser alguém escondido
e, se dele não posso ser
já não vivo, quase morro!
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