Ela esvoaça em madrigais
a andorinha primaveril...
deixa os cantos fatais
da saudade,corada de vil...
andorinha que fazes?
Debicas as minhas forças,
cortas-me o sonho a dois,
escolhida entre as moças
e agora deixas-me, pois?
Voaste muito alto, andorinha...
eu olho-te no meu canto,
imagino-te ave de rapina
de noite ouço o teu pranto!
Andorinha que fizeste?
Cortaste a base do cipreste,
tal mocho ou corujona...
e agora,fazes-te agreste.
Um dia, ainda vou voar assim
e andorinha, lembrarás de mim!
Será tarde andorinha,
Morri de amores...
vivo da benção divina!
Porque a dor já não desatina....
Elvira:) |
