Na marca iquieta dos teus tantos sonhos,
Busco o alimento dos meus muitos delírios,
Que divagam, e vagam nos infinitos pormenores,
De uma existência, cercada e entre conflitos.
Um viver na sombra quente dos meus desejos,
Um amor que só sente atravéz de um reflexo,
Sem coragem de introduir-se no âmago do abraço,
Ou relaxar, e tirar proveito desses tantos beijos.
Transtornando a alma, que queima ao infinito,
Sob o fogo serrado desse teu lindo olhar.
Uma luz, a iluminar o sensato em pleno rito.
Se é que eu poderia falar de alguma sensatez,
Quando sua beleza me afaga, como entardecer,
Que morre no infinito horizonte da minha lucidez.
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