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Poesias-->Voo final -- 28/11/2000 - 22:39 (Fatima Dannemann) |
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Vôo Final
A alma morre aos poucos...
Não, ela não morre,
ela deixa o corpo e sai
deixando seus sonhos
para trás...
A escuridão toma conta
dos olhos
que brilharam um dia.
O frio toma conta
do corpo
que sentiu calor
e carícias.
A energia vital se esgota.
Só, num canto frio
de qualquer lugar,
uma alma voa para o além.
Morrer? Ou continuar a vida
em outros planos?
Tanto faz...
Quando se abre mão
dos sonhos, se morre aos poucos.
Quando nos roubam nossos amores,
a vida se esvai,
não faz sentido.
A alma deixa o corpo
sedenta e faminta.
Mas, ela não tem mais direito
de ter sede, fome...
Nem de sentir amor
ou qualquer emoção.
A alma nem ao menos chorar pode.
É obrigada a se sentir imortal
e voar finalmente livre...
Mas para onde?
Quem sabe o caminho.
Não há rumo na vida dos mortos.
Não há rumo na morte em vida.
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