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Artigos-->arrasa-quarteirão: o retorno -- 18/01/2001 - 19:06 (José Pedro Antunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Observação preliminar:



Este artigo foi publicado na SPIEGEL ONLINE, em 15/01/2001. A minha tradução destina-se à publicação do artigo no jornal TRIBUNA IMPRESSA de Araraquara, do qual sou colaborador. No endereço abaixo, o leitor interessado pode ler o texto no original e apreciar algumas fotos.







__________________________________________________



O retorno dos blockbusters

Previsão cinematográfica para 2 0 0 1



de Rüdiger Sturm (in: SPIEGEL ONLINE, 15/01/2001)

(Tradução: José Pedro Antunes)



Hannibal, Pitt e Potter na guerra dos anéis: Hollywood abre seu pacote para 2001. Narrativas épicas e espetáculos de efeitos especiais, astros e seres gerados por computador devem levar a um recorde de filmes do tipo arrasa-quarteirão.



As Cassandras de Hollywood podem ir levantando acampamento. Depois de um verão pouco luminoso, o filme americano de 2000 parecia estar ficando aquém dos resultados alcançados pelos do ano anterior. Mas, graças a uma forte derradeira investida com blockbusters como "O Grinch" e "Náufrago", os contabilistas voltam a ter motivos de júbilo. De antemão, o pacote do novo ano parece excluir uma tal temeridade. Raramente se viu uma armada de "franchise-pictures", filmes com caráter de grife, tão grande como em 2001.

O primeiro ponto alto acontece já a partir do dia 15 de fevereiro, um mês normalmente fraco em arrecadações, quando "Hannibal", a continuação de "Silêncio dos Inocentes", entra em cartaz. As sessões-teste teriam, supostamente, superado todas as expectativas. É possível ainda que Robert Rodriguez, com a fantasia de espionagem "Spy Kids" colada aos quadrinhos, esteja criando um arrasa-quarteirão. A continuação de "A Múmia" (The Mummy returns) parece fadada a ser um sucesso de massas.

Mas esses são só o contraponto para diversas aventuras com efeitos especiais, fortemente alavancadas, todas elas possuindo uma conexão automática com o seu público-alvo: de "Tomb Raider" a "Parque dos Dinossauros 3", até a interpretação de Tim Burton para "O Planeta dos Macacos". Somem-se, a eles, diversas continuações como "Doctor Dolittle 2", o inevitável "Todo mundo em pânico 2" e "A hora do Rush 2".

Em meio a tudo isso, temos "A. I.", misto de fábula e ficção-científica, um projeto desenvolvido ao longo de vinte anos por Stanley Kubrick e só agora levado a termo por Steven Spielberg. Pouco antes do natal, a DreamWorks deve invadir os cinemas com uma segunda "Máquina do Tempo", que certamente irá enfrentar dificuldades na luta contra "Harry Potter e a Pedra Filosofal" e a primeira parte de "O Senhor dos Anéis", os dois maiores hits potenciais do ano.



Filmes históricos são uma tendência



Ao lado dos clássicos para se ver comendo pipoca, o ramo cinematográfico americano, como já o fez em 2000, aposta no espetáculo com um colorido histórico. Entre eles, primeiramente, a encenação de "Pearl Harbor", de Michael Bay; um pouco depois, John Woo faz a sua tentativa com "Windtalkers", um filme de ação ambientado na 2a. Guerra Mundial, com Nicolas Cage und Christian Slater. A históira, nada habitual, trata de dois índios Navajo, em cujo idioma se baseiam os códigos americanos, e de Platoon, que deve protegê-los dos japoneses.

Os europeus se voltam para o gênero com "Enemy at the Gates", drama localizado em Stalingrado, escalado este ano para a abertura do Festival de Berlim. Dramas militares contemporâneos, é assim que se definem "Black Hawk Down", do diretor Ridley Scott, sobre a derrocada militar na Somália e "K-19 (The Widowmaker)", de Kathryn Bigelow, um policial ambientado num submarino. Este último torna a juntar, na tela, Harrison Ford und Liam Neeson, dois veteranos de "Guerra nas Estrelas".



Cinema de astros e estrelas



Mas Hollywood não aposta apenas em formatos narrativos que pressupõem altos inventimentos. O bom e velho cinema de astros e estrelas volta a ter lugar. Altos salários como Tom Hanks ou Julia Roberts, que, com "Episode I", permaneceram destacadamente à frente na lista dos blockbusters de 1999, no ano passado viveram a confirmação de sua presumida importância, o mesmo devendo se repetir este ano.

A presença mais marcante é a de Brad Pitt. Ele estará, primeiramente, em "Snatch" de Guy Ritchie (o atual consorte de Madonna) e, depois, juntamente com Julia Roberts, em "The Mexican", em que ele vai ao México para buscar uma pistola lendária. Para ele, o policial "Spy Game", que o coloca de novo na companhia do seu ex-diretor Robert Redford, não será menos arriscado (direção: Tony Scott).

O grande imã que atrai os astros e as estrelas são os diretores-astros. Entre eles, no momento, ninguém mais requisitado do que Steven Soderbergh. "Traffic" é tido como um dos maiores favoritos ao Oscar. É muito lógico, portanto, que Brad Pitt esteja com ele em "Ocean s Eleven". Além de Soderbergh, George Clooney e, uma vez mais, Julia Roberts, que pode alimentar a esperança de conquistar uma estatueta com "Erin Brockovich". Ou um dos três estaria louco para estrelar um filme de Frank Sinatra de 1960? A verdade é que a velha história é inteligente. Onze ladrões querem pilhar, de uma só vez, cinco cassinos de Las Vegas.

O mesmo se pode dizer de Martin Scorsese. A seu chamado, os astros e as estrelas não costumam hesitar por muito tempo: para o seu épico sobre gângsters, "Gangs of New York", que deve chegar aos cinemas no final do ano, entre outros, ele pôde contar com Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz e Daniel Day-Lewis.

Bastante apreciados como veículos para astros e estrelas são os filmes biográficos. Costumam render uma indicação para o Oscar. Por isso, a partir do final do ano, Russell Crowe atua sob a direção de Ron Howard em "Beautiful Mind", a história de John Forbes Nash Jr., o esquizofrênico ganhador do Prêmio Nobel de Matemática, e Will Smith é o Muhammad "Ali" de Michael Mann. Tom Hanks se deixou fisgar pela nova obra de Sam Mendes, ganhador do Oscar com "Beleza Americana" no ano passado. Numa adaptação das histórias em quadrinhos, em "Road to Perdition", ele aparece como o assassino de Al Capone, vivido por Tom Sizemore.





Hits do desenho animado



Mas nenhum desses nomes pode garantir bons resultados de bilheteria. Quem promete sucesso são, no caso, atores que não custam nada, porque não existem de verdade. Três hits do desenho animado parecem quase garantidos para 2001. A DreamWorks lança, no meio do ano, a animação computadorizada "Shrek", um conto de fadas muito louco sobre uma bela princesa, um ogro medonho e seu asno falante. Que Cameron Diaz, Mike Myers e Eddie Murphy emprestem suas vozes aos papéis principais, quase nada acrescenta, na verdade, ao acontecimento.

A Disney, na liderança do mercado, tenta a sorte com uma aventura localizada no continente desaparecido ("Atlantis: The Lost Empire") e os até aqui infalíveis realizadores da Pixar oferecem, depois dos brinquedos e dos insetos, "MONSTERS INC.", no início do próximo ano.



Dicas secretas



Caso esta oferta-mamute não traga ainda os números recordistas, há diversas dicas secretas. O diretor Ted Demme e o roteirista David McKenna promovem "Blow", a verdadeira história do tráfico de cocaína, no estilo de "Os Bons Companheiros" e, supõe-se, da mesma categoria. Franka Potente, para sua estréia em Hollywood, parece ter escolhido o filme certo. Quando David Mamet, diretor mimado pelo sucesso, roda um filme sobre mendigos com o título "The Heist", um grande público parece estar programado para o início do verão.

Com grande expectativa, o ramo aguarda ainda o musical pop "Moulin Rouge" de Baz Luhrmann, mit Ewan McGregor und Nicole Kidman. Luc Besson, com "Kiss of the Dragon" e seu astro Jet Li, enfrenta o poder de Hongkong. E, com "Hearts of Atlantis", uma adaptação de "Misery" programada para o final do ano, o lendário roteirista Willian Goldman assina a sua segunda filmagem de uma história de Stephen King.

A lista dos possíveis sucessos surpreendentes é ainda mais longa. O meio coleciona boas referências sobre "Do Inferno", dos irmãos Hughes, sobre Jack, o Estripador. Pode ser que, no próximo ano, venhamos a conhecer até mesmo as novas películas de Quentin Tarantino e Paul Thomas Anderson. Pressuposto: que a greve de atores e autores não venha acrescentar novos rabiscos a seus planejamentos.

Uma coisa é certa: antes da paradeira total, que ameaça acontecer no verão, o showbiz americano coloca em ação diversas estratégias de sucesso. Se 2001, apesar de todas as expectativas, não se tornar um ano dos recordes, confirma-se então, uma vez mais, a máxima de Willian Goldman sobre Hollywood: "Nobody knows anything" (N. do Trad.: numa tradução livre, mas enfática: "Ninguém sabe p.... nenhuma").



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