Por entre a vidraça,
final de tarde invernosa
chove malandra
a pedraça
sorvida na salamandra
que aquece o corpo
que apetece,
num sopro...
Chuvinha miúda...
depois...
e os dois,
despidos do mundo,
perfume profundo,
lambemos o fumo
da salamandra
quente...
numa dança de ventre,
música malandra,
na chuva dolente
segredo incolor,
ventilado pelo Amor...
Elvira:)
|