Noite de domingo,
o mesmo gosto de limão,
azedo como a caminhada...
E sempre uma morte nos ronda,
seja de dor ou de coisas passadas.
Domingo sinônimo de solidão!
Falta de tudo, falta de água!
Uma lembrança que ronda
um esquecido coração,
pisoteado nas partes já machucadas.
Domingo de carência,
solidão de urgência,
minhas mãos sem viço,
minhas tentativas frustradas...
Domingo que chicoteia
um espelho que não me enxerga.
Domingo que me incendeia
de desesperança e falta de trégua.
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