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Poesias-->Poema do Bagaço -- 22/03/2005 - 09:40 (Jayro Luna) |
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Em homenagem a Vicente Leporace.
“Mardito fiapo de manga / preso no maxilar inferior // Desgruda dos
meus lábios / minha boca / me deixa em paz” JOELHO DE PORCO.
“No ramo da magueira venturosa / Triste emblema de amor gravei um dia”
SILVA ALVARENGA.
“Nós somos as cantoras do rádio / Levamos a vida a cantar / De noite
embalamos teus sonhos / De manhã nós vamos te acordar” LAMARTINE BABO,
JOÃO DE BARRO E ALBERTO RIBEIRO – via FRENÉTICAS.
“D. Júlia ficava doidinha /Quando o minino resorvia imitá / As falação
de fazê chorá” GRANDE OTELO.
Desapareceu o cabaré da Bianca Perla,
O Armenoville virou nem sei o quê,
O Dancing do Martinelli já é saudade...
Onde que no rio se encontra uma beleza dessas?
Não viemos fazer nada
E já estamos batendo em retirada!
Marieta, cafetina gloriosa,
Acabou-se incendiando como monge budista...
Eu era peru de estação de rádio.
Pezinho pra frente,
Pezinho pra trás,
Como aqueles índios
De um antigo programa do Max Nunes.;
Raro é o ator de teatro que não fica inibido...
Peguei uma cana das brabas!
Em todos os terrenos
Nós temos que topar com monstros,
Os mordedores crônicos...
-Um instantinho, maestro,
Que eu vou tomar uma cibalena!
Lugar de muita gente em eterno,
Dependura...
O país está em construção,
O café não tinha porta dos fundos!
Praça XI, 1992.
(Do livro Infernália Tropicalis, p. 61, 1999) |
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