Angélica, garota antipática
Achava o Brasil meio incômodo
Partiu, foi visitar a África,
lá chegando pegou um cólera,
sem fome não quis comer cáfita,
lavou a boca com ácido bórico,
Tomou injeção na nádega
gritou e ficou histérica,
dormiu ficando estática.;
sarou e ficou eufórica,
envolveu-se em um romance andrógino,
bateu saudade patriótica,
voltou da viagem exótica,
dos amigos ganhou uma flâmula,
chorou, não conteve as lágrimas,
feliz, enviou para a cônjuge,
Que contente, colocou um elástico,
para protegê-la a guardou em uma cômoda,
achou o lugar meio lúgubre,
procurou um espaço mais árido.
Parecia ter ficado meio sádica,
tomou atitude antipática
pôs fim àquele romance sórdido,
Com medo de não ser mais a única
na vida daquela adúltera,
aquela que mexeu com seu âmago,
Sozinha construiu o seu cárcere
de alguém, recebeu bouquet de crisântemos
achou as flores fúnebres,
As guardou para enfeitar sua lápide.
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