Ela era mais que meu último verso de amor
Que pode emanar da boca de Deus.
Encantada numa suspeita...
Enriquecida de um tom lânguido
Tão aprazível e suave
Que te escorre as tormentas,
Reencarna a alegria.
E se te falas, sentes vigorar vida no peito,
Numa chama crescente e fulgurante.
E é tudo vivo e crescente na beirada desse rio
Que penso ser esta a causa do imenso desvio
Tomado por aquele vento frio.
Ah! Que minha língua é frívola
E sem lugar, minha alma em meu corpo,
Se mais longe que um sussurro ficar.
É sua destreza manejar a solidão,
Martelada firme no coração.
Vigora purpúrea no meu desejo silente,
E nos olhos de quem sua imagem sente,
Nos ouvidos de quem sua voz agora é ausente,
Nas orações pedintes num delírio crente.
Então tudo é vago e insone...
Tudo é história a ser contada...
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