Dilaceras o rasgão do fumo
que inalaste durante anos...
e quando eu encontro um rumo
tu rasgas a cinza dos danos...
abre-se em ferida a amarga dor
desatino, combustão cicatrizada,
que se vivenciou em louco ardor
da nossa íngreme caminhada!
Saio de fora do meu corpo lacerado,
observo toda a cinza, ainda acendalha...
Tapo o ferimento com muito cuidado,
clamo pela força que me agasalha...
entro dentro de mim, já fortificada,
sopro a cinza maldita, quase apagada
e sonho ser donzela bem aventurada!
Elvira:) |