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Artigos-->Hipocrisia na Usina - aos eleitores de Lula e Ciro -- 30/07/2002 - 09:22 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho plena convicção de que qualquer forma de nublar a realidade com medo das conseqüências é desonesto e revela falta de caráter. Nesse aspecto lamentavelmente os partidários de Lula e de Ciro têm mantido postura semelhante aqui na Usina de Letras. Tanto uns quanto outros se negam a questionar as alianças que seus candidatos têm firmado como o objetivo de vencer as eleições presidenciais, ao mesmo tempo em que condenam as do candidato ao qual se opõem.



No caso de Lula é estranho o aceite automático do apoio de Orestes Quércia, figura política que há pouco tempo era, e ainda é na mente de muitos brasileiros e principalmente de paulistas, sinônimo de bandalheira e corrupção na vida pública. Lula, explicando a aliança, afirma que não exige atestado ideológico dos que querem apoiá-lo, e sim que haja convergência programática para a governabilidade do país. Até que o argumento convenceria os eleitores de Lula sem grandes problemas se inexistisse sobre Quércia a áurea de corrupto, de alguém que enriqueceu às custas do dinheiro público, etc.



Não seria estranho, portanto, se Lula aceitasse o apoio de Paulo Maluf, de Jáder Barbalho, tudo por conta dos palanques estaduais ou da tal convergência programática. Não tenho dúvidas de que tais associações vão tirar votos de Lula. Esse é o risco, o PT sabe disso.



Pelo lado de Ciro a situação não é tão mais confortável que a de Lula. Além de ter o nome de seu candidato a vice, Paulinho da Força Sindical, envolvido em denúncias de falcatruas e de privilégios materiais ilícitos no comando da Força, o principal articulador político da campanha de Ciro Gomes, José Carlos Martinez, presidente do PTB, está no centro das discussões por ter emprestado milhões de PC Farias para comprar um canal de TV. Como bem disse Clóvis Rossi, quando alguém quer emprestar dinheiro, vai a um banco, e não a alguém que comandava uma quadrilha de bandidos que assaltou a Nação brasileira, material e moralmente, sob o comando de Collor.



Como contra-peso das alianças esquisitas de Ciro ainda há ACM, o senhor da Bahia, cuja biografia não é meritória de aplausos por sua grandeza e dignidade. Ou seja, Ciro Gomes quer governar o país juntamente com uma bandalha. Esse é o custo do poder, ele sabe disso.



Que tais considerações sejam levadas a sério, pra que depois não nos envergonhemos quando o candidato que apoiamos, vencendo as eleições, tiver que abrir mão da ética em nome da governabilidade. Esse filme eu já vi, e não gostei nem um pouco do seu final.

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