Usina de Letras
Usina de Letras
164 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62266 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50658)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Réquiem para um poeta morto-vivo -- 04/02/2005 - 00:33 (Fatima Dannemann) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Réquiem para um poeta morto-vivo



Fátima Dannemann



Um minuto de silêncio...

Não chegue a janela,

Não olhe a rua,

Esqueça o brilho da lua

No céu...

Um minuto de silêncio

Mataram a poesia,

Secaram meus versos...

Calem a orquestra,

Pare a música, maestro.

A fonte secou...

Escrevo um réquiem

Para meus versos.

Ponto final na poesia

Que eu nunca escrevi.



Chamem o Guarda,

Chamem o juiz,

Fechem as saídas mais próximas,

Prendam os réus com algemas bem fortes,

Prendam os réus na masmorra mais funda

Mataram a poesia,

Secaram meus versos,

Ponto final em textos

Que nenhum poeta assinaria



E depois de prender os culpados,

Feche as janelas de meu quarto,

Vedem meus ouvidos,

Tapem meus olhos.

Não deixem que eu me inspire,

Nem que eu pire

Achando que posso escrever.



Mataram a poesia

E secaram meus versos.

Ponto final em versos que nunca serão lidos.



(Ao imbecil que achou que meu poema era bom demais

e preferiu atribuir a Drummond)





Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui