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Poesias-->Hiléia - poema I -- 01/02/2005 - 09:52 (Jayro Luna) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HILÉIA

(poemeto epíco-epifânico-ecológico da Amazônia, composto de 24 poemas - 1988)



I – Noctigênesis



A cria da Cobra-Grande

Não queria dormir com o noivo

Sob as vistas de Guaraci.;

Não havia o escurinho.

Era o Sol abraçando o dia.

A cria da Cobra-Grande

Mandou buscar a noite.



Jabuti, Cururu, Tamanduá

E a Onça Pintada

Entraram andando no mato:

Andaram... andaram...

Seguiram de canoa:

Canoaram... canoaram...

No onde-acaba-que-termina o igarapé

Cobra-Grande coco de tucumã deixou.



Dentro do coco é que estava a noite

Xé – xé – xé... tém – tém – tém...

Seria a térmita Sarará-cambigique?

Quem sabe os primos do sapo-cururu?

Ou então as Maniuaras

E os bichinhos-candeeiros do Uratau?!



-“Quem tem pressa come cru e quente” –

(Já pensava mais ou menos assim,

mas por outras sentenças, o Strauss)

Quebraram o coco de tucumã,

Cabrummm! Cataprummm! Pum! Pum!

Estrondo de trovão Tupã-Cunenga!

Tudo tingido de escuro,

Todo pau virou bicho do mato

Ou então saía voando...

Táp! Táp! Táp!

Noivo corajoso se cobriu de medo.;

Da cor encarnada do tanino

Que cai na água dos igarapés

Surgiu o sangue que deu vida aos peixes.



A cria da Cobra-Grande

Tirou uma só trançinha da cabeça

E pôs mágica,

Essa é a madeixa pequenina

Que a gente nem pode ver,

Que separa a cara do dia

Do véu da noite.



Jabuti, Cururu e Tamanduá,

Por causa de serem curiosos,

Cobra-Grande mudou suas aparências

Em macacos pançudos por uma noite,

Só a Onça Pintada que era sabichona,

Escapou-se mato adentro se esquecendo dos sapatos

E viu a primeira noite.

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