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| Poesias-->Libertação -- 29/01/2005 - 17:02 (Ernane Calado de Souza Melo) |
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Oh espiral infinita ascendente!
Carrega o poeta para o teu seio
Conduz à sua fuga ou ao seu destino
Não para um infinito próximo
Uma estrela, galáxia ou nebulosa
Mas o infinito longínquo imaginável
Onde a natureza pesada da matéria
Não se manifesta ou não existe
Onde predomina a energia
Do amor como fonte de criação
Onde tudo o mais é poesia
Onde o bem é, por definição.
Uma vez que não há limites
Tudo é pleno e irrestrito
Tudo é leveza e magia
Tudo enfim é infinito
Liberta de suas amarras o poeta
Deixa-o nas tuas ondas navegar
Na tua transcendente amplidão
Transforma sua natureza concreta
Tudo que puderes transmutar
Em substratos de sua inspiração
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