Não há partida para esse cego.
A minha sentença foi saber
Que me amou.
É que o amor não perdoa.
O amor reclama amor.
A minha sentença foi seu vacilo.
Eu só tenho pedras para presentear.
Não tenho lírios,
Não tenho borboletas,
Só algumas despedaçadas.
E lhe dei algumas,
Ainda vivas se debatendo,
Numa vontade ridícula de viver.
Minhas pedras...
Estão pesadas demais
Para erguê-las.
Meu soluço,
É suor de trabalhador.
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