Margens do Jordão, Samaria. - 859 AC.
13. Naamã foge com vestal.
Em perseguição implacável ao general sírio, a cavalaria israelita refreia diante do desfiladeiro.
(CHEFE DE PELOTÃO)
Cerquem as saídas ao longo do vale, e nas margens do rio. Tragam eles vivos!
Naamã e Mira cruzam o rio sobre o cavalo, num trecho de pouca profundidade. Após a travessia o general desmonta, tomando a jovem em seus braços. Naamã ajusta a cela enquanto se certifica se despistou a cavalaria inimiga.
(NAAMÃ)
Sente-se melhor moça?
Logo chegaremos a Gileade, lá estaremos seguros.
(MYRA)
Por que me livraste do meu fadário?
Naamã faz montaria e coloca a jovem sobre a cela junto a ele.
(NAAMÃ)
Teu verdadeiro destino é ao meu lado!
Um sorriso resplandece na face de Myra.
Sob uma espessa túnica, uma anciã se interpõe ao caminho dos viajantes assustando o cavalo, e impedindo o beijo do casal. O general segura abruptamente as rédeas do animal.
A anciã inadvertidamente se aproxima e toca a perna do general.
(ANCIÃ)
Ajude essa pobre velha, que não come há muitos dias.
(NAAMÃ)
Cuidado mulher manca! Poderia ter sido atropelada.
Naamã lança algumas moedas sobre a pedinte encapuzada.
A anciã, pega as moedas espalhadas pelo chão e ao erguer-se desvela seu rosto tomado pela chaga. Com um sorriso irônico a pedinte agradece a esmola.
(ANCIÃ)
Segue teu destino valente guerreiro!
Ao ver a face decrépita da anciã, o general sírio, tomado de pavor, parte em disparada.