Olá ternura do instante!
Suave carícia,felicidade.
Desnudo-te, ó quebrante,
sacudo a vil maldade:
era nova no existir...
A ti, ó bela saudade,
guardo-te no meu persisitir,
como guloseima apetecida,
no desembrulhar, proibida!
Suave mosto do entardecer,
desta vida feita eclipse.
Tal lua de cheia a brilhar,
tal palavra que nunca disse.
Resta a grande promessa
nos meus lábios selada:
nostalgia que atravessa
a alma cicatrizada,
já cansada...
Adeus,muito à cautela,
sussurro o definitivo,
com ar de gazela,
de amor cativo.
Demagogia...
Mudança!
Como por magia,
torno-me doce criança:
saúdo a nova vida,
abraço a novidade,
sorrindo à minha verdade!
Elvira:) |