Eu moro na beira de estrada...vejo o estado fenomenal das coisas.
Tudo se conforma,
Tudo se comporta e nada passa de imoral.
A vida é uma festa,mas quando se empresta as luzes da ribalta apenas para trafegar...nos tornamos errante,maçante...sem lugar.Morremos a cada dia sem ter alguém para nos escutar.
Que futuro pensar!
Que caminho tomar?
Acabo terminando o dia,esperando o outro dia chegar.
Eu moro na beira da estrada.Na escuridão passada segui os farois dos carros,imitei a velocidade e cansei de esperar por ajuda.
A poeira,a chuva e o sol...a fome e a dor do cansaço me fizeram aprender que o dia só se constrói,quando a gente deixa calos nas mão florescer,o suor escorrer pela fronte e a dor se transformar em alegria, por aquilo que a gente fez nascer. |