Dia chuvoso no Rio de Janeiro nada parecido como o de comum para a época,na Cidade Maravilhosa.Eu estou quieta por dentro e por fora. Não chamo de paz, ou plenitude interior, talvez, de acomodação,de aceitação do momento em que vivo agora.Aprendi com o tempo, a não debater com as situações as quais tenho vivido.Sigo cada dia como se fosse o único, e o amanhã também. Tenho aceitado com mais tranqüilidade, os meus conflitos sentimentais. Sinto sim falta de novamente amar: daquele homem,que possa me acompanhar nessa caminhada atual. Aprendi também, a não lembrar daquele que ainda povoa minhas lembranças,e que deixou tristezas e saudade.
Não tem sido fácil aprender tanto sozinha
e aceitar.O tempo me fez pessoa consciente das minhas necessidades, de me amar muito mais.
Tempo professor sábio, muito faz por nós, e comigo não foi diferente.Tive que largar a Menina romântica,para encontrar a Mulher de hoje.E essa descobriu em si alguma sabedoria pra conduzir-me não sofrer com as faltas: daqueles que perdi, e das possibilidades que não tive.No momento, não permito que sofrimentos tolos, das carências emocionais me tirem a tranqüilidade, a alegria interior,
o sorriso nos lábios, o ânimo, e desejo de ainda ser feliz.Não perder a esperança e escrever assim:
Sigo a caminhada solitária sem ele
E a vida passa!
Os dias são longos e as noites intermináveis,
O meu olhar se perde no vazio,
Da falta dos seus olhos.
O meu sorriso é triste,
Os meus lábios frios,
Sem seus beijos.
Meus braços carentes dos seus abraços.
Minhas mãos vazias,
Sentem falta do calor das suas mãos.
Meu corpo já não arrepia, não estremece está morno!
Como a água de um lago parado sem tempestade,
Rogando urgentemente por um temporal,
Por um vendaval de paixão,
Por ele...O AMOR.
Rio/11/2004
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