No Universo do ser e do existir
caminho muito à cautela.
Invento caminhos de ir,
rodo o mundo e sua tela...
Descubro a vida mesquinha
do amor feito carne,
pura erva daninha.
Que me consome,
Que roi toda a minha arte,
por amar como quem dorme!
Estou à beira triste...
constato a falsidade!
Com o coração em riste,
arrepio a danada realidade!
Insisto e volto a insistir...
Tudo se radica no jogo
do vencedor ou perdedor,
desconhece-se o amor
e a pureza do seu fogo...
Mágoa de não ter conseguido
mostrar ao meu amigo,
que o amor é lealdade,
conjugada com a fusão
corpo e alma em perfeição,
alquimia da perdição
rumando na mesma direcção!
Escrevo...
torno-me raínha,
por um dia,
da minha porfia,
da minha real condição:
Magoada comigo
por crer
e querer
este castigo
fruto da minha ilusão!
Elvira:)
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