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cronicas-->SOBRE O CASO GEYSE E UNIBAN -- 24/02/2010 - 08:24 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Começo a desconfiar que algumas pessoas só podem ser feitas de preconceito, merda, culpa, morbidez e mais porra nenhuma. Um bando de animais atiçados, càmera de celular na mão pra filmar e colocar no youtube a baderna, o caos, se transformando em diretor e ator de um filme que retrata sua própria imbecilidade, suas próprias fraquezas. Porém, muito mais que diretor e atores ruins, o tema, o enredo, diálogos do suposto filme, tudo de uma mediocridade arrebatadora. Ok, admito, era sim uma mulher extremamente vulgar, num vestido vermelho "curto" (coloquei entre aspas porque esse quesito é questionável e parte do ponto de vista pessoal, mas que ali onde estava foi unanimidade o curto, no caso), cabelo tingido e estranho, maquiagem exagerada, cara de fácil, de mulher que não se dá muito valor, mas, e daí? Será que temos todos nós o estereotipo perfeito requisitado pela mídia, pela religião, pela novela, pela tv, pela sociedade? Será que estamos acima do certo e errado pra julgar, condenar e executar a pena a uma pobre coitada que não deve entender porra nenhuma de sociologia, costumes, regras, pré-conceitos de filhinhos de papai hipócritas e mimadas e fúteis senhoras da razão? Agora me pergunto, será que é melhor não saber nada disso ou achar que sabe e cometer essa injustiça? Nesse caso é melhor ser o réu ou o juiz? Você preferia ser a Geyse ou a turminha da Uniban? Ainda não consegui decidir conscientemente de quem tenho mais pena. Hoje ela esta na mídia. Desfilará a frente de uma bateria de alguma escola de samba. Dá entrevistas mesmo não tendo nada pra dizer, nada de interessante pra passar. Agora quem é mais imbecil, ela que se propõe a estar ali sem saber o que faz ali ou nós que damos ibope a tudo o que ela NÃO tem a nos dizer? A atitude dos alunos da Uniban já nos disse tudo, um belo resumo. Dava pra ver que carregavam encima da cabeça um grande espelho que refletia o que somos em sociedade, as leis que criamos de certo e errado, bom e ruim, possível ou não. Mostrou numa escala micro a sociedade que inventamos, aceitamos e alimentamos. A sociedade que inclui e exclui por motivos banais. Tem dinheiro? Dentro. Mini saia vermelha? Fora. Advogado, prefeito, dono de puteiro? Dentro. Vesgo, pedreiro, maconheiro? Fora. A selvageria que aconteceu dentro de um espaço que na teoria deveria propiciar debates democráticos não foi nada mais que um reflexo da cidade que carrega em sua organização uma injustiça perene, inexorável, que esmaga os excluídos, os menos abastados, que fecha os olhos pra tudo que esteja longe da Avenida e do shopping Central e que dá a sensação de poder a quem tem alguma coisa a mais que os outros, seja um carro, um cargo, um mísero cigarro, ou pra quem acha que tem mais dignidade, caráter e honra, sendo que tudo isso é bem questionável e subjetivo. Ver a pobre coitada da menina como um objeto não é exclusividade dos babacas da Uniban. É assim desde sempre, mas hoje disfarçam mais, dissimulam, não dão tão na cara. Mas ela acabou expulsa por ser vítima de um inaceitável tribunal. E a justificativa da Uniban pela expulsão foi que ela se insinuou, que foi á um banheiro do outro lado do edifício só pra mostrar suas curvas, seu rebolado, seu remelexo. E daí? Ela paga como todo mundo a porcaria da mensalidade, e como todo mundo tem o direito de usar todo espaço do edifício, do campus. E quem é a Uniban pra julgar que querer mostrar as curvas do seu corpo é errado? O corpo e a consciência sobre ele é dela, só dela, unicamente dela. Provaram que não passam de um bando de demagogos de merda. Hipócritas senhores de terno que com certeza absoluta enfiaria a cara na bunda dela se a mesma desse a oportunidade. Escrotos legisladores de um mundinho que eles querem inventar, mas sinto muito informar, ele já existe fora daqueles muros de ensino de quinta categoria. Ai alunos da universidade, playboys de barba por fazer, camisa do Che Guevara e piercing na sobrancelha metem a cara na tv justificando sua selvageria, sua demência, sua escancarada imbecilidade sem um pingo de vergonha na cara enquanto a dama de vermelho assina contrato pra mostrar na revista tudo o que aqueles babacas da universidade não queriam ver nem fudendo.

T.S.H.
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