To na caça. Caçando amor, esperança, verdade, vida, profundidade. Á caça em bares, nas ruas, nas pessoas, no invisível, e em mais 32 lugares. O que não podemos é lamentar, apenas seguir, submerso em tudo, sem medo, enxergando sempre além do que nos é mostrado, ensinado, vomitado em nossas cabeças por alguns veículos desapropriados, as vezes; mas é assim, constantemente. Segunda feira nublada, me sinto um pouco só no meio dessa multidão de face desfigurada da cidade de pedra e carros e outdoor e janelas com grade que protegem sua TV seu DVD seu aparelho de som e o meio de suas pernas. Encontros escassos, sentimentos herméticos, medrosos, na cidade a vida passa sem ser percebida, é apenas vivida, no seu limite mínimo. E quando queremos fazer diferente somos tidos como loucos, afastando assim ainda mais as pessoas. Falta romantismo em tudo, nos corações, nos olhares, nas atitudes, isolando assim quem nasceu para se unir, também. Onde foi parar toda conexão essencial pra apenas se viver, ou mais, muito mais?
Temos que extrapolar o limite do mínimo, do comum, do ordinário. Não podemos apenas viver, somente. É muito pouco pra todos nós. Fazer a diferença, fazer diferente, não apenas aceitar passivamente o que tentam, com muito afinco, fazer-nos aceitar passivamente. Nossa geração é tida como alienada, sem garra, que nada pede, por nada luta. Não devemos abaixar a cabeça facilmente cruzando os braços esperando a morte do bezerro. Ou vamos lá e salvamos o bezerro, ou vamos lá e o matamos. Agora, esperar como sempre alguém fazer por nós é demais. Vamos levantar a cabeça e marchar até onde podemos, agora...
Não vivas esperando a aurora, ali pode estar a morte. Vivas sempre como se fosse seu último dia, que inevitavelmente um dia acertarás.
T.S.H.
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