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cronicas-->CONVERSAS COM GIL I -- 15/10/2005 - 21:03 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É inacreditável, pelos menos pra mim, ter que ver pasmado como o dinheiro corrompe as pessoas; como a ganància de ter isso ou aquilo e/ou a busca insensata de status pode transformar um homem, pai de família num bandido sujo. Se quero dinheiro? Sim senhor, mas não é, nem nunca foi, muito menos será minha conquista de vida. Será que estou errado? Será que somente eu penso assim? Às vezes me vejo fora de lugar, deslocado, minha mãe fica maluca comigo por não ter ganància de coisas materiais, e olha que sou terminantemente contra vertentes religiosas que se apega á coisas abstratas e historinha hollywoodianas. Mal sabe ela que minha ganància é infinitamente maior que materialidades. O sonho do favelado é ter uma bicicleta, o da classe média é ter um carro, o sonho do rico é ter um avião e do milionário um país, então pergunto, qual a diferença de um pra outro? A angustia é sempre a mesma pela incapacidade do ser humano em se contentar com o que tem, sempre querendo mais. Não passamos de uns bebês chorões, uns insatisfeitos, uns resmungões.

Quero coisas que não se pega, impalpáveis, e procuro em tudo quanto é lugar. Desde o bolso da camisa, no pó do quarto, nos rincões da vida, na lama e no caos e nas coisas invisíveis. A paranóia da busca eterna sem fim através dos mistérios, que nada tem a vê com fé, que se descortina perante meu nariz, mas sempre inalcançáveis pras as mãos. A corruptividade do ser humano me enoja e desqualifica o animal mais evoluído da Terra. Devíamos usar nossa consciência, coisa que um rato nem pato nem macaco tem pra proteger esses mesmos que não a possuem. Mas não, a usamos pra destruição "em prol" consumo voraz de nós mesmos.

A TV, o cinema, a propaganda vende uma imagem que se torna rapidamente lei consumível. Assim é bom, o não ser assim não é. É aí que começa a disputa insensata por moldes padronizados. É o cantor que lança moda, a protagonista da novela, o filme futurista, se esquecendo que somos seres esponjosos, que acima de tudo e de todas as consequências consome, somente pra movimentar a industria pseudo-terapêutica do ter é poder, contentando fantasiosamente os que se propõe a isso. Logo se quer diferente, alimentando assim a máquina indiscriminada do consume de massa.

To a beira do completo niilismo. O que fazer se tudo que vejo é uma aberração constante. Acreditar nos homens, faz me rir. Acreditar em coisas invisíveis, pior ainda. Quero mais, quero ir além. A Bíblia me angustia, tal como filosofia, mas prefiro incomparavelmente as linhas de Shopenhauer que as de Pedro. O mundo é nada mais que uma eterna volta do que já foi. As descobertas são coisas que existem, mas que não sabíamos. O que mais não sabemos que pronto descobriremos? Deixo essa tarefa aos mais aptos, enquanto sigo minha vida de descobertas internas, desenvolvendo minha filosofia, minha religião, meus pontos de vista baseado na vida, no que acontece por aí.

Desdenhava o amor, hoje ele é meu combustível. Enquanto quase todos me acham louco eu tiro proveito disso como elogio. Prefiro a desordem, o caos criador de arte, da filosofia. Passo longe de igreja, templo, santuário pra fortalecer meus pontos de vista e desinibir minha força criadora. Rédea é pra quem usa cabresto, e eu, definitivamente deixei de usar quando me propus a andar com minhas lànguidas pernas fajutas, mas próprias.

O meu caminho é doloroso, mas amorteço a dor na verdade. Na minha, claro.



T.S.H.

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