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cronicas-->MENINA DO BAR DA ESQUINA III -- 11/09/2005 - 15:43 (thiago schneider herrera) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Gosto do seu sorriso, e quando sorris, meu Deus, como ficas bela. Testei todos seus limites, pra ver em seus olhos a verdade, porque ver nos olhos uma facilidade aparente é enganosamente real e insuportavelmente superficial. Quantas aventuras têm pra contar agora menina? Não digo uma por dia, porque nem nos vemos com essa frequência, mas muitas tivemos, e juntos fomos construindo nossa história que cada dia fica mais bonita, mesmo com nossos tropeços e com lágrimas que saíram de seus olhos de esmeralda por medo de perder-me aquele dia. Nunca mais chores, não por vergonha ou medo, mas porque daqui pra frente, como sempre, serão só risos e gargalhadas porque tirei de meus ombros um fardo antigo e fora que sou ótimo pra fazer e falar besteiras.

Acredite menina, penso em ti como nunca, e sinto falta de seu sorriso generoso, largo, em que seus dentes de diamante sobressaem pra frente num movimento de pescoço e cabeça levemente arcada pro lado. Queria escrever-te a mais linda das poesias, porque você é simplesmente a mais linda das meninas, a mais linda do mundo como te digo sempre e você cora o rosto baixando a cabeça e escondendo a face debaixo do cabelo comprido. Logo ascende um cigarro e bebe um gole de cerveja me olhando de lado com aquele olhão verde e astuto. Encanta-me profundamente.

Logo começo a filosofar e você a me olhar atentamente como se tudo fosse simplesmente verdade. Pode ser verdade, mas é a minha, mas você escuta interessada. E vou longe, mas você se agarra no meu tornozelo tentando ir junto pela imensidão inconsequente de minhas loucas teorias. Dissestes que fora comigo que mais aprendestes e você não imagina como isso me fortalece a continuar sendo assim, o egoísta mais altruísta da cidade. Nunca quis mudar-te e se mudastes foi porque quisestes; influenciada ou não pelas minhas palavras que nunca saem vazias, e de ti sempre voltam cheias mesmo que silenciosas. Com esses olhos que tens as palavras são quase desnecessárias.

E seus silêncios me confundem. Todos eles. São como códigos indecifráveis. E eu falo, falo, falo e você fica assim no lado, só olhando por longos minutos, algumas vezes dezenas de minutos sem sequer uma palavra que seja, enquanto eu discorro sobre os mais absurdos assuntos. Deus, religião, política, arte, arquitetura, piadas sem graça e você impassiva, parece que flutuando, fumando seu cigarro com uma calma que enlouquece, que confunde, que necessito. Sua beleza é daquelas que cega. E sempre que me olha você esboça um sorriso, ele sai meio de leve, maroto, querendo dizer algo. O que será? Mais um código indecifrável como todos.

Você parece estar sempre submersa num mistério intrigante. Os seus olhos talvez sejam o maior de todos. E pobre de mim tentar decifrá-los. Sou insensível demais pra tamanho ato. Mas estou tentando, desde o primeiro dia menina, em que me encantastes com tão pouco e a cada dia me encantas mais e mais como se fosses uma cachoeira infinda de possibilidades diversas. E eu tão complexo em meus labirintos mentais que já conheces bem. Já não se assusta tanto não é mesmo? A imprevisibilidade completa de mim mesmo te confunde, mas sei que encanta também. Cada um é cada um, minha menina.

Hoje ou no mais tardar amanhã te ligo pra sentar em algum bar, te dar 1 milhão de beijos e te recitar Roberto Carlos, completamente embriagado de paixão. Pode ser?



T.S.H.
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