Nunca, em todos os insignificantes anos que existo na face da Terra gastei 1 real que seja de minha generosa mesada mensal com roupa, sapato, cinto, blusa ou qualquer outra coisa relacionada ao assunto.
Todo, simplesmente todo trapo que uso para cobrir meu corpo foi presente de minha mãe, namorada, avó, roupas velhas dadas pelos amigos ou roupas que os mesmo esquecem em casa e assim vou montando minha vasta coleção de trapos que uso para cobrir minha barriga de cerveja e bunda branca.
Gasto incansavelmente meu dinheiro com livros, cerveja e comida, já ta bom demais, roupa de marca, relógio caro ou chapéu da moda não me seduzem, agora bom livro, mussarela e cerveja gelada em promoção é igual a uma morena de olhos azuis te olhando indiscretamente, impossível de não se seduzir.
A principal função do dinheiro é para satisfazer prazeres, se não, para quê mais ele serve? Se para você dinheiro é chave que abre portas, se mais que amizade ele te importa, se cuida, porque ele mesmo te passa a perna, e sem ele, em outras mãos ele te esnoba.
Para quê comprar roupa cara e de marca se o que importa mesmo é estar sem ela com a amada, empregada ou puta barata? No final, nos vestimos para arrumar alguém para nos despir novamente, ou não é? Tirar no dente ou com os dedos uma calcinha de marca ou não dá na mesma, o que importa é o que está dentro e não roupa de shopping-center ou da feira que cobre lindamente mesmo assim o que está anatomicamente perfeito entre as pernas.
Eu tenho dinheiro pro alface, cerveja e algumas páginas, já ta bom, não quero marcas, status ou coisa que o valha, prefiro bom papo, rabo de saia (não precisa ser de marca) e um bom som que já me basta.
Thiago Schneider Herrera
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