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cronicas-->Problemas de coração? Eu? -- 10/10/2000 - 16:41 (Maurício Cintrão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Andam falando por aí que vou mal do coração. Nada disso! Só vou ao cardiologista para um exame de rotina. Ninguém precisa se preocupar. Ultimamente, vivo um certo descompasso entre o estado de espírito e as pulsações sanguíneas. Coisa de donzela que viu aquilo pela primeira vez.

Os exames feitos durante uma campanha contra hipertensão, aqui na empresa, mostraram que estou legalzinho. Portanto, problema de pressão não deve ser. Quando faço um pouco de esforço, canso feito mula de mina, mas isso só acontece porque, apesar de não ser mula, carrego uma bela sobrecarga. Segundo pesagem de algum tempo atrás, passei dos 100 quilos (e, desde então, não parei mais de evoluir). Mas nunca deu batedeira quando fico cansado.

Assim, essa coisa estranha do coração não deve ter origem no excesso de esforço. Mesmo porque, cá entre nós, não faço muito esforço. Trabalho a maior parte do tempo sentado e não preciso despender grande energia para acender cigarros ou comer os docinhos, bolachinhas e chocolates, entre um refrigerante e outro.

Avaliação médica do ano passado indicava colesterol alto e uma razoável produção de ácido úrico. Triglicérides também não se comportavam conforme o manual. Mas, convenhamos, não faço a revisão de fábrica há muito tempo. Um tapinha aqui e ali e posso ficar novinho em folha.

Portanto, não acreditem em boatos. Há sempre alguma pessoa interessada em fazer valer suas suposições. No meu caso, a versão não vai superar o fato. Na verdade, vou ao cardiologista porque preciso me consultar com um especialista. É vício de repórter que sempre procura uma fonte confiável.

De fato, busco compreender um enfoque diferente da questão. Suponho não estar operando muito bem as minhas paixões pelo mundo. Continuo apaixonado pelas letras. Mas há tempos que não desenho nem faço minhas traquinagens em joalheria. Não se pode descuidar dos amores desse jeito. Talvez por isso venha sentindo esse descompasso cardíaco.

Quem cria sabe. Parar de criar significa o envenenamento lento e gradual, mais desgastante que a Anistia, mais cruel que disputa de pênaltis. Deve ser por isso. Afinal, nestes tempos de injeção eletrónica, meu velho e bom giclê pode estar falhando por falta de aditivos.

Será que o cardiologista vai receitar Bardhall?

Maurício Cintrão

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