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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->OS PECADOS DA TRIBO (14) -- 29/01/2003 - 14:40 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
OS PECADOS DA TRIBO (14)
Roteiro de Coelho De Moraes, sobre a obra de José J. Veiga
Personagens: O Herói (H), Rudêncio (R), Consulesa (Ca), Cônsul (C), Pessoa (P), Pessoa 2 (P2), grupo de festeiros, rapaz com cicatriz (RC), Mamãe (M), Zulta (Z), Edualdo (E), Turunxa (T), turunxas, dois rapazes, dois garotos Obelardos (G), três Homens a: b: c:, vizinha (V), Velho Obelardo (VO), Cinco Rapazes, cercam Ca, Oldívio (O)

CENA 17
(H está olhando a paisagem. O velho Obelardo chega por trás e põe a mão paternal sobre o ombro)
VO: O que tu pensas, rapaz?
H: Esses novos tempos. Todo mundo de cabeça baixa. Ninguém fala coisa com coisa. Ou fala muito ou fala pouco. Tudo pode ser motivo de culpa e uma visita aos Turunxas. O que é que o senhor acha, Velho Obelardo?
VO: Sei não, meu filho. Só entendo de couros. Mas lhe digo uma coisa: os que tenho apanhado ultimamente estão fedendo por demais. Será que isso tem alguma coisa a ver?

CENA 18
(Corte para H em sua casa. Ouve galope de cavalos. R chega e desce do cavalo. Cabelos encaracolados, loiro e muito branco de pele)
R: Desculpa, irmão. Você compreende. Era meu primeiro banco turco. Eu precisava me concentrar para não meter os pés pelas mãos. Aquele troço tem um ritual rigoroso. ( dá uma olhada geral ) você já pensou em montar uma casinha de banho aqui? Tem espaço.
H: Olhe bem pra mim. Banho Turco! Me acha com cara disso?
R: O que é que há, rapaz! Deixe o preconceito de lado entre para o clube. Você não sabe o que está perdendo.
H: O que é que estou perdendo?
R; A maior invenção do mundo. Só isso. Olhe, aquele trecho, ali debaixo das mangueiras, é um lugar ideal. Se quiser mando o construtor aqui, num instante ele monta uma casinha para você. Não sai caro e ele facilita.
H: Quero não. Tomo banho de graça no lago.
R: Não é a mesma coisa. Sabe, esses poucos banhos que já tomei, mesmo sem ter experiência, me fizeram muito bem. Me sinto outro.
H: Estou vendo.
R: Dá pra notar? Como é que eu estou? (H faz cara série e manda o outro dar um giro).
H: Você está parecidíssimo ... com um genro do Umahla.
R: Já vem você com suas piadas. Não reclame quando eu começar a dar as minhas.
H: vamos falar de coisa importante. E as crianças. Como vai a comadre Joanda e o tal Uiua.
R: Ta tudo bom... ta tudo nos conformes... Se você não quer mesmo instalar uma casa de banho aqui, vá lá na minha sempre que quiser.
H; Com aqueles turunxas que vigiam a estrada... nem pensar...
R: É preciso cuidar da segurança. Hoje em dia não se pode bobear. Mas eu lhe dou em cartão. (começa a sacar o cartão) Você mostra e vai entrando.
H: Quero não. Sou distraído. Posso perder o cartão.
R: Então não. Imagine se cai nas mãos de um outro qualquer. O jeito é você fazer a sua casinha de banho aqui mesmo. Cada dia que passa é um dia perdido.
H: Do jeito que você fala parece a oitava maravilha do mundo.
R: E é, rapaz. Quando eu entro banho eu esqueço do mundo. Se me disserem que os Orobongos ou Aruguas estão invadindo, logo penso ! deixem arrasar tudo”, “deixem invadir tudo”.
H: Se disserem que o Umahla foi deposto e evaporado você é capaz de pensar...
R: ...“e eu com isso?” (cai em si) maneira de dizer, á claro. Só pra você ter uma idéia de como é bom.
H: Então, é como fugir de tudo. Se desligar do mundo. Se embriagar.
R: Não! Pelo contrário! Se fosse isso seria proibido! Você tem cada idéia! (R fica meio invocado) E Zulta, como vai? Você precisa ter cuidado com a palmeira grande... ta? Preciso ir... o trabalho me espera... (monta no cavalo) responsabilidades... você nem sabe o que é isso.

CENA 19
(Cidade. Arauto vem se aproximando e aplicando um papel no Painel Oficial de Avisos. Quando instala no que é próximo vê-se escrito: “por sugestão do Caincara Rudêncio e ordem do Umahla, estão proibidas todas as casas de Banho Turco da cidade. Devem ser imediatamente fechadas”).
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