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Roteiro_de_Filme_ou_Novela-->A PRINCESINHA DAS ROSAS -- 27/12/2002 - 15:28 (COELHO DE MORAES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A PRINCESINHA DAS ROSAS
- Roteiro de ficção fantástica de Coelho de Moraes, baseado na obra de Fialho de Almeida, autor português (1867-1911)-
Personagens: Moça, mulheres, homens, crianças, um Homem
Cena 1
[Noite com lua. Um rio ou lago tranqüilo. Uma barca de pesca. U’a moça ali deitada, usando uma roupa clara, longa, de linho, talvez, diáfana. A moça é muito branca. Marulhar. Mãos preguiçosas tomam um pouco de água. Pescadores ao longe.
Subitamente a moça se ergue e ouve. A cena é entremeada de fotos que correspondam ao lance].
OFF: Lá nos confins do mundo, onde se acaba o pavimento dos mares e começam as arcarias do céu, ouvi dizer que está caído há muitos anos um pedaço de abóbada celeste, e por ali entram as almas das criancinhas mortas, ao colo de seus anjos da guarda.

Cena 2
[A moça andando pela praia. Em segundo plano vultos se escondem na escuridão, furtivos. Piers, redes, barcos, água, a lua. A moça se direciona a uma clareira. Há mesa com frutas – uvas, geléias, caldas, coisas que lambuzem - espalhadas. Ela anda em torno da mesa, sonhadora, deita-se sobre as frutas, deita com a barriga para cima, abre as pernas e trás o vestido para cobrir entre as coxas.
Tomada como se alguém espreitasse entre as árvores enquanto a garota se revira sobre a mesa.]

Cena 3
[Manhã. A moça está sobre a mesa. Acorda subitamente, pondo a mão no rosto. Vê-se que ela tem asas bem fornida de penas. Ela olha e nota que alguém se afasta.
A moça olha para três pontos, sempre tendo a noção de que algo estranho aconteceu num misto de curiosidade e assombro. Todas as tomadas são de distancia. Em todas as circunstancias, as tomadas do rosto da moça são em movimento, girando ao redor dela, enquanto ela olha para a lateral: Ponto a) Algumas mulheres nas pedras se penteiam. Percebem que são vistas e pulam na água. Ponto b) Bando de crianças correndo. Todas têm chifres. Ponto c) algumas mãos saem da terra, como a escapar da prisão.
A moça começa a chorar.]

Cena 4
[Mãos de pescadores puxando redes. Ouvindo o choro aterrador eles param, soltam as redes e se dá a entender que fugiram. ]

Cena 5
[Moça saindo da mesa. Ouve. A cena é entrecortada de imagens de fotos que correspondam ao lance. Enquanto ela se desloca lentamente.]
OFF: Vem comigo ao meu palácio de estalactites cor de safira, onde há babilônias submersas. Guiarei você através dos pórticos. Não responda à interpelação muda das esfinges.Abandona as asas e vem para o meu amor. Já rompe a manhã e as estrelas se apagam.
[Na entrada da floresta, saindo da clareira, ela hesita. Obrigatória música de flauta solitária. Ela corre. Foge pela floresta atarantada, mas, pelo outro lado. Entre as árvores. Tensão e flautas. Várias flautas. As asas vão se destruindo na correria.
Corre tanto que sai na praia antiga e cai nas águas.]
OFF: Vem, minha filha!
[A mão a agarra por trás e começa a puxar para dentro das águas. A moça está aterrorizada e não quer, se debate, mas vai levada.Cenas entremeadas de imagens.Imagens de castelos, orlas, lagos, órgãos de igreja. A sonoplastia acompanha os cortes das imagens.]
OFF: Filha de sereia, o seu lugar é nos palácios submersos. Você foi deixada num cesto que aportou no principado das rosas... deixada por seu pai, covarde pescador. Mas você é filha das águas. Filha de sereias e nunca será o anjo do Senhor.
[U’a mão se aproxima e ela toma essa mão, se livrando das águas. Agarra-se ao corpo que é visto somente por trás. Ela está abraçada à ele. Soluçando. Ele a afasta. Toma das mãos dela. Dedo contra dedo. Ele se dirige para sua barca negra.]
Ele: Você é muito fria.
M: Acabei de sair das águas.
E: Não! Não é o frio das águas. É o frio da sua alma.
[Ela olha para trás temendo o retorno da outra personagem.Vê uma barca negra. Aquele era o Barqueiro - com capuz e cobertura. Não se vê o rosto. Mantém-se o marulho. Ela se aproxima e pergunta:]
M: Você não partiu!?
B: Estive com você essa noite. Desfrutei de você. Procuro a princesa das Rosas.
M: Eu sou a primeira mulher dessa Ilha. Cheguei aqui ainda criança.
B: Vejo seu brilho nas águas. [Pausa para olhares]. Venho buscá-la.
M: Você vai se arrepender. Sou muita fria. As pessoas fogem ao meu toque. Você já percebeu isso.
M: De onde eu venho todos são muito frios.
[Ele dá a mão para ela. Ela sobe no barco e partem. Junto ao som de flautas o bater de um sino e a lua. Imagens de uma Igreja sob as águas.]
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