Usina de Letras
Usina de Letras
46 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62376 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10437)

Erótico (13578)

Frases (50765)

Humor (20066)

Infantil (5479)

Infanto Juvenil (4800)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140859)

Redação (3318)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6228)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Vista A Minha Pele (Consciência Afrobrasilis) -- 03/12/2004 - 09:12 (Silas Correa Leite) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Poema Escolar Para 20 de Novembro



Vista A Minha Pele



Para Júlio Hendrix Silva Rodrigues



Vista a minha pele

Você conseguiria?

Seja negro só por um dia

Seja preto pelo menos por mim

Somando todas as minhas cores assim



Vista a minha pele

Assuma a minha cor

Seja você quem for

Capture radicalmente a minha dor

Bem lá dentro de mim

E procure me compreender melhor assim



Vista a minha pele

Eu sou igualzinho a você

Ser Humano, porque

Corpo, Mente, Banzo, Coração

Então questione racismo e discriminação



Vista a minha pele

Sou vermelho por dentro

E negro sempre cem por cento

Afrobrasilis, Afrodescendente

Muito além de para sempre

Inteiramente ser humano e sobretudo gente



Vista a minha pele

Vista-se epidermicamente de mim

E procure me entender como seu igual assim

Seu irmão da humana cósmica raça

E sinta tudo o que dentro de mim se passa





Assim você muito bem confere

Assim você vai realmente se sentir

Lá dentro da minha própria pele

Como eu quero ser árvore de leite e florir

Como eu quero ser janela de pão e me abrir

Como eu quero ser estrada de açúcar e prosseguir

Como eu quero o fim de diáporas e sorrir

Sem nenhum branco para me ferir

E você vai captar essencialmente então

A verdadeira pureza do que é primordial

E o que eu quero é total libertação

E todos iguais na aquarela da coloração

Numa brasileiríssima democracia racial



Vista a minha pele

Seja um pouco eu mesmo um negrão aí

Dentro de você - Para você sentir

Sou preto brasileirinho

Sou negrão e sou negrinho

Sou Negro e Ser Humano de igual valor

E tenho a África nas moendas e engenhos no meu interior



Depois de me vestir e depois de se sair de si

Deixando de ser eu negro aí

Venha me estender a sua mão

E, de coração para coração

Abrace-me como um seu completo irmão

A pele espiritual sendo uma só então

Numa sagrada e sideral celebração.

-0-



Silas Corrêa Leite – Estância Boêmia de Itararé, São Paulo, Brasil

Poeta, Crítico Social, Teórico da Educação

Prêmio Lígia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Edição 2004

E-mail: poesilas@terra.com.br - Site pessoal:

www.itarare.com.br/silas.htm

Romance Virtual ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS no site

www.hotbook.com.br/rom01scl.htm

Poema da Série: Somos Todos da Raça Humana







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui