Nos infortúnios de nossas raízes
Nem sempre nos descobrimos.
Perante nosso ser somos racionais
E conscientes com nossos modos,
Nosso jeito, nosso tempo, passatempo...
Somos sempre o sujeito.
Com tanta crueldade nos colocamos
No predicado da vida, nos neutralizamos
E deixamos de formar
Nossa história.
Temos a impressão
De não sermos mais racionais,
De sermos um vulto na história.
Sentimo-nos como pessoas perfeitas,
Fazendo perfeito
Pro feito ficar enfeitiçado,
Descorado, portanto, com tanto tato
Que de fato enfeita a vida,
Que a vinda enfeita o fato,
Ficando o fascínio por ser
O contraste abstrato de sermos
Pobres homens amuados,
Constrangidos e começados,
Começando a formar a frase que forma
A folha do sujeito na história
Do super-herói teimoso,
Eu... nós... |