Brasília, 28 de julho de 2004 – 14:15h
Abra logo a porta desta gaiola
que tu mesmo a construístes.
Arranca toda tranca, joga tudo fora,
nada disso te serviu, tu mesmo o vistes.
Escancara as portas do teu peito ao vento,
joga fora as cordas que te amarravam:
tanta moral, tanto juízo e julgamento
só serviam quando ainda te atavam.
troca as roupas que a moda te ditava,
esquece aquela música, que está gasto o disco,
deixa de lado as regras que os de fora te gritavam,
vá buscar um outro filme, que este já está visto.
Desamarra as cordas que te seguravam,
pensa por você, esquece o que te ensinaram,
a receita é velha e não serviu nem para os que a criaram,
Vá para o outro lado que tu não és mais
aquele cão amordaçado.
Abre as janelas da tua alma,
deixa a vida com algemas,
corre para a vida, sem perder no entanto a calma,
deixa o que passou e leva apenas
a garra e a vontade. Vai para o outro lado
que tu não és mais um cachorro acorrentado.
|