Por sobre...
abracei-lhe,
me apeguei a você.
Ainda sobre a cama
mordi-lhe a ponta da orelha,
reações e devaneios,
sensações nupciais.
Então sobre a cama
beijei-lhe ironicamente,
lembranças nebulosas,
retratos do irreal.
Sobre meu peito,
aconchego mais íntimo,
os poros molhados
de nós mesmo apaixonados.
Caindo sobre o chão,
vazios deixados na cama,
rolamos se achar
fronteiras no tapate.
voltamos ao leito,
nossos desejos iguais,
nunca fomos assim
tão satisfeitos.
Fui sobre a cama,
o poeta e parceiro,
amando nesta noite,
a desamparada fronha
do meu travesseiro. |